M o b i l i d a d e U r b a n a
Recentemente, a Volvo lançou um ônibus biarticulado de 30 m e capacidade para até 300 pessoas, considerado o maior do mundo, voltado ao mercado de corredores segregados. Ao todo, a empresa oferece quatro modelos para este sistema, com capacidade a partir de 150 passageiros.
A marca conta com um programa dedicado a auxiliar os gestores públicos e operadores de transporte na escolha dos veículos e soluções mais adequadas para os sistemas organizados de transporte como o BRT.
No Brasil, no segmento de ônibus rodoviários e urbanos, a Volvo tem market share de 9,5 %.
PROJETO NA SUÉCIA
A Volvo desenvolve em Gotemburgo, cidade do país natal da marca, a Suécia, o projeto ElectriCity, junto com outras empresas, governo e universidades. A proposta é desenvolver um modelo de transporte urbano sustentável.
“ Não adianta pensarmos apenas nos veículos. Temos que entender quais são as necessidades das cidades e, juntos, elaborar soluções que tragam mais qualidade de vida para a população”, afirma Fabiano. Segundo a empresa, essas novas demandas de transporte urbano das cidades estão muito alinhadas com a evolução tecnológica e baixa redução da emissão poluentes.
O ElectriCity é composto de uma área eletrificada e integrada aos sistemas de transporte urbano estabelecidos, onde operam ônibus híbridos e elétricos, com estações para recarga rápida da bateria do motor elétrico dos veículos, serviços conectados, wi-fi gratuito e a possibilidade de pontos de embarque e desembarque instalados em ambientes fechados. O projeto, de acordo com a
Projeto CIVI, proposta de aprimoramento da Volvo ao BRT
empresa, é indicado para áreas centrais, onde há maior concentração de poluentes e alto fluxo de pedestres. Em Gotemburgo, os veículos elétricos da Volvo estão em operação há mais de um ano.
A marca apresentou projeto semelhante em Curitiba e, desde agosto passado, circula na cidade um ônibus elétrico híbrido equipado com wi-fi na linha Juvevê- Água Verde de 22,5 km. O veículo permite a recarga da bateria do motor elétrico no ponto final de embarque e desembarque- a operação do veículo se dá 100 % elétrico em até 70 % do percurso. As estações de recarga com interface aberta possibilita que ônibus de qualquer fabricante possa recarregar a bateria.
A empresa informa que os primeiros resultados da operação mostram que o veículo está operando 55 % do tempo no modo 100 % elétrico, consome 65 % menos combustível que o modelo convencional a diesel e 30 % menos que o ônibus híbrido de primeira geração.
Volvo mantém investimento de R $ 1 bi na América Latina
Wilson Lirmann
Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina, lembra que 2016“ foi um ano difícil”, mas avalia que os resultados na região foram equilibrados. Ele afirma ainda que a empresa mantém o investimento de R $ 1 bi no continente no desenvolvimento de produtos e serviços para os próximos três anos, boa parte aplicada no Brasil.
Segundo o executivo, no mundo, o grupo apresentou expansão de atuação na Ásia e África, e que a área de serviços teve bastante incremento. Ele relata que a indústria automotiva vai passar por uma revolução por conta do crescimento do veículo híbrido.
A Volvo destaca o crescimento no ano passado das exportações a partir do Brasil de caminhões de 16 t, que teve um avanço de 30,6 % em relação a 2015.
“ A exportação sempre foi um dos pilares dos negócios do Grupo Volvo na América Latina. Por este motivo, estávamos preparados para aproveitar as oportunidades de negócios nos outros países”, afirma Wilson Lirmann.
Outro item que chamou a atenção do resultado no ano passado apresentado pela Volvo na América Latina foi o crescimento na participação na área de motores industriais, voltados para geração de energia em instalações comerciais e industriais, no agronegócio, na construção e na mineração. Segundo a empresa, somente no Brasil este segmento consome anualmente cerca de 17 mil unidades.
Em 2013, 95 % das vendas da Volvo Penta estavam direcionadas para motores náuticos de lazer e de trabalho. Atualmente, 40 % dos motores da marca comercializados no continente são para atividades industriais.
28 | O Empreiteiro | Fevereiro 2017