Ed. 321 - completa Novembro / Dezembro - 2020 | Page 63

UM SAPATO PELO BRASIL RESGATOU IMPORTÂNCIA SOCIAL E ECONÔMICA DO produto nacional

O

setor calçadista , que gera diretamente mais de 270 mil postos de trabalho e produz mais de 900 milhões de pares de calçados anualmente ( 4 º maior do planeta ) promoveu , nos últimos dias de agosto , o movimento Um Sapato Pelo Brasil . No período , 150 das principais marcas brasileiras de calçados realizaram ações sincronizadas nas redes sociais com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do setor para o País , e sobretudo da importância de se consumir calçados produzidos no Brasil , que significam emprego , renda e desenvolvimento .
Conforme relatório da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados ( Abicalçados ), estima-se que foram mais de 4 milhões de impressões nas redes sociais das marcas participantes , 325 mil curtidas e 11 mil comentários entre os dias 24 e 27 de agosto . “ A campanha foi um sucesso , uniu concorrentes em prol de uma mesma causa , com um alcance de mais de 3,5 milhões de usuários nas redes sociais . Os retornos foram muito positivos e acredito que tenha sido plantada uma semente importante neste momento histórico : a união ”, avalia a coordenadora de Promoção de Imagem da Abicalçados , Alice Rodrigues , ressaltando que o movimento partiu das próprias marcas , que ao final ainda concederam descontos coletivos de até 20 % para produtos comprados nos seus comércios eletrônicos .
Uma das marcas participantes foi a calçadista Bischoff Group , produtora de calçados das marcas Jorge Bischoff e Loucos & Santos . A diretora de Branding & Negócios da empresa , Natália
Bischoff , aponta que a iniciativa foi de grande significado para a valorização do sapato brasileiro . “ Foi só o primeiro passo . É fundamental que esse movimento tenha continuidade , pela força social e econômica do setor ”, destaca . Segundo ela , cada vez mais é importante a criação de ações conjuntas que fortaleçam a marca Sapato do Brasil , que é reconhecido mundialmente por qualidade , conforto e design .
A fabricante de calçados infantis Bibi entrou na campanha para exaltar a força do setor por meio da união , que se faz ainda mais necessária em momentos turbulentos como o que estamos passando . Segundo a diretora de Marca e Varejo da empresa , Camila Kohlrausch , ao participar da iniciativa , a Bibi buscou promover integração para apontar os ganhos sociais provenientes da atividade calçadista , o que deve ajudar a “ abreviar a crise provocada pela pandemia ”.
Consumidores aprovaram
Quarto maior mercado consumidor de calçados do mundo , o varejo brasileiro do setor , assim como todos os demais setores econômicos , está sofrendo os efeitos do novo coronavírus . Por outro lado , o movimento Um Sapato pelo Brasil ajudou a resgatar a importância de se consumir calçados produzidos em território nacional , como forma de gerar emprego , renda e desenvolvimento para todos os brasileiros . E a percepção foi positiva .
Rafael Martinez , empresário residente em São Paulo / SP , reconhece que sempre foi muito exigente na compra de sapatos e que tinha a falsa ideia de que os importados eram de melhor qualidade . “ A campanha me alertou para o potencial da indústria brasileira , não só pela qualidade , mas também pela função social que ela exerce , gerando emprego e renda , favorecendo a economia do nosso País ”, contou .
A servidora pública Nathalia Paola Oliveira , de Porto Alegre / RS , ressaltou a importância da valorização do produto nacional , que gera desenvolvimento para os brasileiros . Também comentou que o calçado brasileiro não deve em nada em termos de qualidade para calçados importados e que o consumidor local deveria ser cada vez mais consciente do fato , especialmente por meio de campanhas como a Um Sapato pelo Brasil . “ Todos os meus calçados são produzidos aqui , eu sempre tive essa consciência . E sabemos , por exemplo , que muitos estrangeiros são apaixonados por algumas marcas nacionais , sendo que aqui elas não são devidamente valorizadas . É preciso mudar esse quadro ”, concluiu .
Além das marcas calçadistas , o movimento contou com o apoio dos sindicatos industriais , entidades do setor , fornecedores e lojistas .
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