Ed. 321 - completa Novembro / Dezembro - 2020 | Page 36

TECNOLOGIA PARA A saúde e o bem-estar

O

Grupo Cofrag se preocupa em trazer não só produtos , mas benefícios em seus componentes , além da qualidade e tecnologia que agregam bem-estar e saúde como diferencial aos seus clientes . A vasta linha de soluções para os principais problemas do dia a dia vão de tecidos com nanotecnologias que trazem aromas a produtos voltados a manter ou reter a temperatura , auxiliar na circulação sanguínea , hidratar , entre muitas outras funções e possibilidades que tornam os tecidos que oferecem e grandes experiências .
Tecidos tecnológicos - O Emana é um fio inteligente que aumenta a performance esportiva graças aos minerais bioativos que transformam o calor do corpo em raios infravermelhos mais longos , estimulando a microcirculação sanguínea e ajudando a recuperação muscular .
FOTO DIVULGAÇÃO

Demanda urgente por máscaras e EPIs garantiu alívio financeiro

Se por um lado a pandemia da

Covid-19 causou uma crise econômica , por outro , acelerou o mercado de máscaras e equipamentos de proteção individual .
Fábricas e produtores individuais viram na confecção desses itens uma oportunidade de ganhar fôlego com o aumento repentino da procura . Dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial , o Senai , apontam que a produção nacional de máscaras e equipamentos de proteção , hoje , consegue suprir 80 % da demanda . Antes da pandemia , esse percentual era de 20 %. O restante vinha de fora . A busca foi tanta que o Senai , junto com a Confederação Nacional da Indústria , teve que capacitar quase 400 indústrias de Norte a Sul do País para que elas pudessem adaptar a linha de produção para o segmento de EPIs .
Foi o caso da empresária Olinda Sousa , dona de uma loja de lingeries em Fortaleza / CE . Ela conseguiu não só evitar demissões como teve um ganho de 10 % na arrecadação com a produção de mais de 50 mil máscaras . “ De início fiquei meio perdida . Pensei : ‘ meu Deus , e agora ? O que eu vou fazer ?’. Não se podia trabalhar , mas aí falei ‘ vou começar a produzir ’. Vi nas reportagens que podíamos produzir máscaras de tecido ”, relata .
No Ceará , a indústria têxtil é uma das mais fortes do País , e por isso a tendência de reconversão chama mais a atenção . Paulo André Holanda , diretor regional do Senai Ceará , explica como as indústrias do estado conseguiram se reerguer produzindo máscaras e EPIs . “ No início , quem produziu foi o Senai , tudo gratuito . A gente reposicionou elas ( as empresas ), oferecendo mentoria e consultoria pra que pudessem produzir máscaras . Nesse início , foi doação , e agora entregamos para as empresas executarem . É um novo negócio pra elas ”, contextualiza .
Nova Friburgo , na Região Serrana do Rio , é responsável por um quarto de toda a indústria de moda íntima do Brasil , o que também facilitou a
adaptação . A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro criou videoaulas gratuitas pra incentivar o setor . A estimativa é que a produção mensal da região seja de 11 milhões de máscaras . E a conversão puxou também outros setores . O Cláudio Marquês , dono da uma empresa de moda esportiva na cidade , decidiu embarcar no segmento para sobreviver à crise : “ Foi uma sensação de desespero , pois mudar a fábrica como nós mudamos foi assustador . Trabalhar no segmento de EPIs pra gente está sendo muito gratificante , um desafio e um aprendizado . Pretendemos colocar como um nicho a se seguir dentro da empresa ”, diz .
Diante da reestruturação das indústrias , o setor já começa a pensar o momento pós-Covid-19 . A aposta é que os investimentos em inovação feitos nesse período de pandemia garantam um legado e espaço para as fábricas no mercado internacional de máscaras e equipamentos de proteção .
36 • novembro | dezembro