Ed. 318 - completa Maio / Junho - 2020 | Page 93

forma gratuita. Para apoiar os associados neste momento de redução do faturamento, o IBTeC definiu crédito pré-aprovado no valor de até R$ 2.000,00 para novos serviços que puderam ser utilizados nos meses de abril/maio às empresas regularmente em dia com a associação ao IBTeC, para pagamento até o dia 10 de outubro. Ainda para beneficiar seus associados, o IBTeC prorrogou o vencimento da mensalidade de abril para 25 de junho. DOAÇÕES Outra maneira do setor calçadista ajudar é fazendo o que melhor sabe: calçados. Assim, diversas empresas têm trabalhado para que não falte esse item indispensável para os profissionais de saúde. Uma vez que a Covid-19 pode ser transmitida através de superfícies contaminadas, os cuidados com calçados e roupas são fundamentais para evitar a disseminação do vírus. A marca Boaonda, que produz calçados de segurança, doou dezenas de pares ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo. O Grupo Ramarim, por sua vez, fez a doação de cerca de R$ 50 mil em tênis de suas marcas para hospitais públicos das cidades onde possui plantas industriais, no Rio Grande do Sul e na Bahia. E a Paquetá ofertou pares de suas marcas para o Hospital Regina, em Novo Hamburgo/RS. Já a Arezzo, além do auxílio na produção de máscaras e jalecos, disponibilizou pares de tênis de quase todas as suas marcas diretamente a profissionais de saúde por meio da ação Heroínas. Foram doados cerca de 10 mil pares, que se esgotaram em menos de uma hora após a divulgação da iniciativa. A Cecconello se comprometeu a reverter 5% das compras efetuadas em março para a Fundação Hospitalar Dr. Oswaldo Diesel, sediada no município em que a empresa mantém atividades. Para minimizar esse impacto e contribuir na luta contra o vírus, a Marluvas fez a doação de dois mil pares de calçados para hospitais de cidades mineiras, como também de outros estados que demonstraram forte preocupação pela falta dos materiais. Tais equipamentos de proteção são destinados exatamente a médicos, enfermeiros e técnicos. Havaianas, marca da empresa Alpargatas, faz parceria com a Colgate-Palmolive para campanha em prol de comunidades vulneráveis, beneficiando 100 mil famílias com a distribuição de kits com Havaianas, produtos de higiene e de limpeza doados pela Colgate-Palmolive em cinco grandes capitais do País. Colaboração Outra maneira que as empresas encontraram para ajudar, é disponibilizando conteúdo de qualidade e informações confiáveis a seus clientes por meio de seus canais digitais. Foi o que a empresa gaúcha Dobra optou por fazer neste momento, mudando completamente o seu negócio. As medidas de isolamento social provocadas pela expansão do coronavírus fizeram com que a empresa tomasse a decisão de migrar o e- commerce da marca para uma plataforma de vídeos e cursos gratuitos voltados ao desenvolvimento de pequenos empreendedores e demais profissionais. Antes da mudança, a maior fonte de receita na Dobra era a venda de produtos, entre eles os tênis. Como o modelo de negócio adotado pela empresa é de economia colaborativa, com a crise e redução da produção, a rede da marca, composta por costureiras, artistas, artesãos e pequenos empreendedores, ficaria comprometida. Por isso, a Dobra vai continuar pagando estes profissionais, cada um deles receberá 50% de sua renda média mensal para manter a economia girando. No mesmo sentido, a calçados Bibi estabeleceu uma campanha para que 10% das vendas realizadas pelo e-commerce neste período seja enviada para a equipe de uma das lojas, que pode ser escolhida pelo próprio consumidor. Essa é uma medida para minimizar os impactos da crise nas 120 lojas físicas da marca, que são franqueadas e estão fechadas como medida de prevenção ao avanço do coronavírus. Essas são algumas entre tantas outras iniciativas que despontam na indústria de calçados e colaboram na luta contra o coronavírus. Os números citados nestas ações podem estar já defasados, pois as ações destas mesmas empresas e outras continuam a acontecer após o fechamento desta matéria. maio | junho • 93