forma gratuita. Para apoiar os associados neste momento de
redução do faturamento, o IBTeC definiu crédito pré-aprovado
no valor de até R$ 2.000,00 para novos serviços que puderam
ser utilizados nos meses de abril/maio às empresas
regularmente em dia com a associação ao IBTeC, para pagamento
até o dia 10 de outubro. Ainda para beneficiar seus
associados, o IBTeC prorrogou o vencimento da mensalidade
de abril para 25 de junho.
DOAÇÕES
Outra maneira do setor calçadista ajudar é fazendo o
que melhor sabe: calçados. Assim, diversas empresas têm
trabalhado para que não falte esse item indispensável para
os profissionais de saúde. Uma vez que a Covid-19 pode ser
transmitida através de superfícies contaminadas, os cuidados
com calçados e roupas são fundamentais para evitar a
disseminação do vírus. A marca Boaonda, que produz calçados
de segurança, doou dezenas de pares ao Hospital Municipal
de Novo Hamburgo. O Grupo Ramarim, por sua vez,
fez a doação de cerca de R$ 50 mil em tênis de suas marcas
para hospitais públicos das cidades onde possui plantas industriais,
no Rio Grande do Sul e na Bahia. E a Paquetá ofertou
pares de suas marcas para o Hospital Regina, em Novo
Hamburgo/RS.
Já a Arezzo, além do auxílio na produção de máscaras
e jalecos, disponibilizou pares de tênis de quase todas as
suas marcas diretamente a profissionais de saúde por meio
da ação Heroínas. Foram doados cerca de 10 mil pares, que
se esgotaram em menos de uma hora após a divulgação da
iniciativa. A Cecconello se comprometeu a reverter 5% das
compras efetuadas em março para a Fundação Hospitalar
Dr. Oswaldo Diesel, sediada no município em que a empresa
mantém atividades.
Para minimizar esse impacto e contribuir na luta contra o
vírus, a Marluvas fez a doação de dois mil pares de calçados
para hospitais de cidades mineiras, como também de outros
estados que demonstraram forte preocupação pela falta dos
materiais. Tais equipamentos de proteção são destinados
exatamente a médicos, enfermeiros e técnicos.
Havaianas, marca da empresa Alpargatas, faz parceria
com a Colgate-Palmolive para campanha em prol de comunidades
vulneráveis, beneficiando 100 mil famílias com a
distribuição de kits com Havaianas, produtos de higiene e de
limpeza doados pela Colgate-Palmolive em cinco grandes
capitais do País.
Colaboração
Outra maneira
que as empresas
encontraram para
ajudar, é disponibilizando
conteúdo de
qualidade e informações
confiáveis a seus
clientes por meio de
seus canais digitais.
Foi o que a empresa
gaúcha Dobra
optou por fazer neste
momento, mudando
completamente o seu
negócio. As medidas
de isolamento social
provocadas pela
expansão do coronavírus
fizeram com que
a empresa tomasse a
decisão de migrar o e-
commerce da marca
para uma plataforma
de vídeos e cursos
gratuitos voltados
ao desenvolvimento
de pequenos empreendedores
e demais
profissionais.
Antes da mudança,
a maior fonte de
receita na Dobra era
a venda de produtos,
entre eles os tênis.
Como o modelo de
negócio adotado pela
empresa é de economia
colaborativa, com
a crise e redução da
produção, a rede da
marca, composta por
costureiras, artistas,
artesãos e pequenos
empreendedores,
ficaria comprometida.
Por isso, a Dobra vai
continuar pagando
estes profissionais,
cada um deles receberá
50% de sua renda
média mensal para
manter a economia
girando.
No mesmo
sentido, a calçados
Bibi estabeleceu uma
campanha para que
10% das vendas realizadas
pelo e-commerce
neste período seja
enviada para a equipe
de uma das lojas, que
pode ser escolhida
pelo próprio consumidor.
Essa é uma
medida para minimizar
os impactos da
crise nas 120 lojas
físicas da marca, que
são franqueadas e
estão fechadas como
medida de prevenção
ao avanço do coronavírus.
Essas são algumas
entre tantas outras
iniciativas que despontam
na indústria
de calçados e colaboram
na luta contra o
coronavírus.
Os números
citados nestas ações
podem estar já
defasados, pois as
ações destas mesmas
empresas e outras
continuam a acontecer
após o fechamento
desta matéria.
maio | junho • 93