Ed. 318 - completa Maio / Junho - 2020 | Page 59

“ O panorama de produção de 2019 e início de 2020 tinha uma certa estabilidade em metros quadrados, e logicamente estávamos trabalhando com vistas a um crescimento do couro brasileiro em questões que vão além da metragem, como valor agregado, sustentabilidade e qualidade. O novo cenário direciona todos os setores da economia a uma reavaliação do ano e reposicionamento de estratégias. Nossos associados têm mantido contato constante com seus clientes e temos acompanhado de perto as movimentações do mercado. É importante colocar que os curtumes foram destacados como essenciais pela legislação e decretos vigentes, então mantêm seu trabalho, focando na geração de valor para o País e no fornecimento de matérias-primas fundamentais para o bem-estar e a segurança da sociedade, com sustentabilidade e comprometimento. O setor de couros recebe um subproduto oriundo da indústria de alimentos - as peles - e fornece matéria-prima para setores como calçados, estofamento, confecção e segurança, e também gera subprodutos adicionais importantes, como insumos para a indústria de higiene e limpeza, farmácia (com o colágeno que é utilizado na fabricação de cápsulas), fertilizantes, gelatina e biodiesel. O CICB tem fornecido um apoio constante aos associados em questões de comunicação e inteligência de mercado, com atualizações diárias sobre o panorama no mundo - especialmente junto aos públicos mais relevantes para o setor - bem como novidades na legislação.” Fernando Bello presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) “ Nossa estimativa para 2020 era de crescimento no faturamento e no volume de serviços prestados. Com situação financeira saudável, estávamos apostando na retomada da economia que todas as projeções nacionais e internacionais apontavam. Estruturamos o IBTeC para atuar em novos nichos de mercado, com novos serviços, na área da inovação, além da ampliação dos serviços que já prestamos com excelência. O surgimento da pandemia não mudou nosso foco - apenas nossas expectativas. Sabemos que as indústrias estão sofrendo muito com a retração provocada pelo vírus. Neste momento, entendemos que nosso papel é auxiliar na elaboração de projetos de inovação e busca por recursos junto a instituições de fomento, para que o setor possa buscar na diferenciação por tecnologias de conforto, performance e novos materiais a recuperação de seu faturamento no futuro próximo. Criamos grupos internos de trabalho para atender de forma muito ágil todas as demandas do setor, seja fazendo pesquisa de laboratório, testando produtos ou buscando formas de garantir novos caminhos para as empresas que nos demandarem. Quando falamos em ações imediatas, em reforço à nossa atuação na área de responsabilidade social, estamos oferecendo assessoria técnica gratuita nas áreas de normas para empresas que fizerem doações de EPIs a profissionais da área de saúde e entidades sociais. Nossa postura neste momento está focada em estar próximos dos nossos clientes e associados, atuando dentro do verdadeiro conceito de parceria, nos solidarizando com as necessidades deles. Para isto criamos alternativas como o sistema de crédito pré-aprovado para novos serviços aos associados com mensalidades em dia, e a prorrogação do vencimento de mensalidades, contribuindo com os associados neste momento de crise. Tudo isto de forma ágil, para atender imediatamente suas demandas. Criamos ainda um sistema de comunicação multiplataformas, agilizando o atendimento aos clientes e associados mesmo em tempos de isolamento.” Paulo Griebeler Presidente executivo do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) maio | junho • 59