“
O panorama de produção de 2019 e início de 2020 tinha
uma certa estabilidade em metros quadrados, e
logicamente estávamos trabalhando com vistas a um crescimento
do couro brasileiro em questões que vão além da
metragem, como valor agregado, sustentabilidade e qualidade.
O novo cenário direciona todos os setores da economia
a uma reavaliação do ano e reposicionamento de
estratégias. Nossos associados têm mantido contato constante
com seus clientes e temos acompanhado de perto as
movimentações do mercado. É importante colocar que os
curtumes foram destacados como essenciais pela legislação
e decretos vigentes, então mantêm seu trabalho, focando
na geração de valor para o País e no fornecimento de
matérias-primas fundamentais para o bem-estar e a segurança
da sociedade, com sustentabilidade e comprometimento.
O setor de couros recebe um subproduto oriundo da
indústria de alimentos - as peles - e fornece matéria-prima
para setores como calçados, estofamento, confecção e segurança,
e também gera subprodutos adicionais importantes,
como insumos para a indústria de higiene e limpeza,
farmácia (com o colágeno que é utilizado na fabricação de
cápsulas), fertilizantes, gelatina e biodiesel. O CICB tem fornecido
um apoio constante aos associados em questões de
comunicação e inteligência de mercado, com atualizações
diárias sobre o panorama no mundo - especialmente junto
aos públicos mais relevantes para o setor - bem como novidades
na legislação.”
Fernando Bello
presidente do
Centro das Indústrias
de Curtumes do Brasil
(CICB)
“
Nossa estimativa para 2020 era de crescimento no faturamento
e no volume de serviços prestados. Com
situação financeira saudável, estávamos apostando na retomada
da economia que todas as projeções nacionais e internacionais
apontavam. Estruturamos o IBTeC para atuar
em novos nichos de mercado, com novos serviços, na área
da inovação, além da ampliação dos serviços que já prestamos
com excelência. O surgimento da pandemia não mudou
nosso foco - apenas nossas expectativas. Sabemos que
as indústrias estão sofrendo muito com a retração provocada
pelo vírus. Neste momento, entendemos que nosso papel
é auxiliar na elaboração de projetos de inovação e busca
por recursos junto a instituições de fomento, para que
o setor possa buscar na diferenciação por tecnologias de
conforto, performance e novos materiais a recuperação de
seu faturamento no futuro próximo. Criamos grupos internos
de trabalho para atender de forma muito ágil todas as
demandas do setor, seja fazendo pesquisa de laboratório,
testando produtos ou buscando formas de garantir novos
caminhos para as empresas que nos demandarem. Quando
falamos em ações imediatas, em reforço à nossa atuação
na área de responsabilidade social, estamos oferecendo
assessoria técnica gratuita nas áreas de normas para empresas
que fizerem doações de EPIs a profissionais da área
de saúde e entidades sociais. Nossa postura neste momento
está focada em estar próximos dos nossos clientes e associados,
atuando dentro do verdadeiro conceito de parceria,
nos solidarizando com as necessidades deles. Para isto
criamos alternativas como o sistema de crédito pré-aprovado
para novos serviços aos associados com mensalidades
em dia, e a prorrogação do vencimento de mensalidades,
contribuindo com os associados neste momento de crise.
Tudo isto de forma ágil, para atender imediatamente suas
demandas. Criamos ainda um sistema de comunicação
multiplataformas, agilizando o atendimento aos clientes e
associados mesmo em tempos de isolamento.”
Paulo Griebeler
Presidente executivo do
Instituto Brasileiro de
Tecnologia do Couro,
Calçado e Artefatos
(IBTeC)
maio | junho • 59