profissionalismo em tais quesitos. Mas, ainda assim com todos os seus erros (no caso dos mais antigos), eles são sim o
melhor do meu portfólio.
Posso muito bem pedir que comparem meus trabalhos de 2009 ao último de 2016 com alguns dos novos e velhos escritores
indies de mesma categoria. Será nítido que muitos ainda estão parados no tempo e outros ainda precisam aprender muito,
mesmo tendo certo talento para algumas coisas no meio editorial.
E é após essa breve apresentação que entra o selo editorial, Elemental Editoração.
Foto: Galymzhan Abdugalimov
Ao contrário do que muitos pensam, o selo EE (sigla
para o selo) não é uma editora convencional e nem o selo
de uma editora. O mesmo também não pertence a um
prestador de serviços editoriais, ficando assim no meio
de ambas as coisas, sendo então definido como “facilita-
dor editorial” e o motivo é bem simples.
A visão do selo não é a de competir com editoras ou
selos editoriais, não é cobrar do escritor valores altos por
serviços básicos e principalmente, não é julgar o escri-
tor e sua obra.
É claro que nos dias atuais, deparamo-nos com 8 em
cada 10 pessoas que se dizem escritores. Sim, todo ser
alfabetizado deve ser considerado escritor, afinal sabe
escrever, certo?
Certo! Mas, voltando aos 8 de cada 10, a maioria diz
escrever por hobbie e é neste ponto que deve ser sepa-
rado os escritores dos então aspirantes.
De um modo bem literal é basicamente isso: o aspi-
rante a escritor em sua maioria sempre paga por todo o
serviço editorial, da capa à revisão passando pelo ISBN
até a ficha catalográfica. Estes são os principais clientes
das editoras que cobram ao escritor para publicar sua
obra.
Por outro lado, temos o clássico escritor. Aquele que
suspeita de tudo e todos, mas que não abre mão de uma
oferta de leitura para sua obra. Aquele que não coloca a
qualidade editorial da mídia em primeiro lugar, mas sim
a qualidade da criação e imaginação em primeiro lugar.
É claro que toda obra deve sim passar por revisão e
todos os demais detalhes para ser considerada uma boa
obra. Ainda encontramos pessoas que mesmo utilizando
dos graciosos aplicativos digitais, escrevem “plobema,
probema, poblema” e todos os demais erros da vida.
Mas isso é sempre questão de ansiedade e falta de
orientação junto ao escritor.
Nos últimos anos, não apenas os números de autores
aumentaram como o número de empresas e selos ou edi-
toras que cobram pela publicação triplicou.
E-Vista
Chega a ser engraçado que em um país como
o nosso, tenha tantos escritores para tão poucos
leitores. Afinal, quantos leitores você tem em sua
lista que não sejam escritores?
Pensando nestes e em tantos detalhes, foi
finalmente decidido neste ano de 2017 que o selo
editorial Elemental Editoração iria finalmente
receber novos autores de modo oficial para fazer
parte do seu portfólio de publicações.
Criado no ano de 2013, o selo EE manteve até
2017, apenas os trabalhos de Donnefar Skedar,
Jay Olce (ambos pseudônimo que utilizo já que
possuo apenas uma publicação com meu nome),
além de “Adeline Seress”. Com a obra “Felícia”
que trata-se de um livro onde um caso real se
mistura à ficção.
Como o selo criou o projeto A Arte do
Terror em 2015 onde em suas coletâneas passou
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