do recomeço , contra o Viseu , estava a fazer um bom jogo na primeira parte , ainda não tinha falhado nenhum remate , e a dez segundos de terminar , sabendo à partida que na segunda metade ia jogar o António [ Areia ], falhei um contra-ataque e fiquei o intervalo todo a matutar sobre o assunto . Agora já não acontece tantas vezes , não me deixo afetar tanto por isso , mas no início da carreira ficava muito chateado comigo por falhar na defesa ou no ataque ou mesmo com falhas técnicas que cometia . Já consigo lidar melhor com isso , apesar de querer ter sempre a maior eficácia . Quando erro , mantenho a calma e penso que foi só um lance .
Em termos coletivos , após a eliminação da Champions , resta o campeonato e a Taça . A dobradinha é obrigatória ? Claro . Impusemos esses objetivos desde o início da época de que os troféus nacionais são para conquistar todos . No ano passado , infelizmente não conseguimos conquistar a Taça , foi algo que nos deixou muito tristes e frustrados . Este ano estamos cá
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para reconquistarmos a Taça , revalidarmos o título e , daí para a frente , conquistarmos novamente a Supertaça , o campeonato do próximo ano e sempre assim . Nós queremos tudo .
Sentem que é preciso a força extra dos adeptos na perseguição destes objetivos ? Como é óbvio , precisamos da força dos adeptos . Já o vimos noutras épocas e mesmo nesta , frente ao Benfica – em que nos deram uma motivação extra para triunfar –, que nos jogos que se decidem ao pormenor os cânticos e o apoio fazem-nos estar mais vivos , com mais adrenalina em campo . No ano passado , contra o Sporting , o Dragão Arena estava cheio de vida e senti o apoio importantíssimo dos adeptos para conquistarmos a vitória .
Na entrevista que lhe fizemos em 2020 , quando foi questionado sobre a potencial conquista de um título europeu , mostrou ter os pés bem assentes no chão e disse : “ Não podemos pôr tanta pressão em cima de nós , pois pode ser prejudicial ”. Este foi um dos aspetos desfavoráveis nesta campanha europeia ? O fator que mais pesou foi o calendário , como referi . Fomos à Polónia e à Croácia nas primeiras jornadas defrontar as duas equipas que lutaram contra nós pelo sexto lugar e , se um desses
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NOME Miguel Alfredo Silva Alves
NATURALIDADE Porto
ALTURA 1,89m
PESO 89kg
DATA DE NASCIMENTO
22 de julho de 1996
POSIÇÃO Ponta direita
CAMISOLA 29
CLUBES FC Porto Colégio dos Carvalhos FC Porto ADA Maia FC Porto
jogos tivesse sido em casa , era mais provável ganharmos e isso dar-nos-ia mais motivação para o resto da campanha . Sinto que não pusemos pressão em nós , sabíamos que tínhamos um grupo equilibrado e que era importante ganharmos os jogos “ do nosso campeonato ”. A questão da adaptação de elementos e da coesão da equipa também pesou um pouco . Desde que o Magnus está cá , foi o ano em que houve mais entradas e isso mudou a dinâmica da equipa , é normal que assim seja . Não nos podemos agarrar a isso e temos de pensar que podíamos ter defendido e rematado melhor . Não correu como queríamos , mas é desporto e as outras equipas também têm o mesmo objetivo . É uma pena para nós e para os adeptos , especialmente para os que vieram cá nos últimos dois jogos , mesmo sabendo que já não contavam
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para nada , quero agradecer-lhes . Isso fez-nos sentir acarinhados por tudo o que aconteceu e estaremos aqui na próxima época para os recompensar e agradecer o apoio que nos têm dado .
Foi determinante aqui contra o Zagreb ao marcar três golos decisivos na segunda vitória da fase de grupos . Como se sentiu ao fazer a diferença ? Sinceramente , nesse jogo pensei que se não tivesse marcado esses golos ia ficar danado comigo mesmo . Marquei um golo , falhei dois seguidos numa parte importante e pensei : “ Se a bola vem ter comigo , é agora ou nunca , tenho de marcar porque estou com a pressão toda em cima de mim ”. Por já lidar melhor com isso , como disse , foquei-me em marcar os seguintes , consegui e senti-me aliviado por , depois de ter complicado o jogo , ter
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