Dragões #430 Set 2022 | Page 31

LIGA DOS CAMPEÕES pouco a pouco . Tão lentamente que , aquando da fundação da Bundesliga em 1963 não houve espaço para os “ werkself ”. A chegada ao topo só surgiu em finais da década seguinte e funcionou como rampa de lançamento para o grande feito da história do clube , a conquista da Taça UEFA em 1988 nos penáltis frente ao Espanyol . Cinco anos volvidos - já sem o Muro que dividiu o país em dois , mas com aquisições de luxo como Bernd Schuster e Rudi Völler - , começaram a intrometer-se na luta pelo título nacional , ameaçaram os crónicos candidatos , conquistaram a Taça em Berlim e reforçaramse com craques como Lúcio , Zé Roberto ou Michael Ballack . Os três chegaram a estar próximos de alcançar o Olimpo na viragem do milénio , porém a tão ansiada conquista do campeonato viria a escapar quatro vezes , duas delas no último suspiro . Tal como a Champions League , cortesia do Real Madrid e de um tal Zinedine Zidane na final de Glasgow . Porque um azar nunca vem só , Ballack e Zé Roberto mudaram-se da Renânia para a Baviera , o arranque de século XXI foi para esquecer e o Leverkusen teve de renascer das cinzas . Regressou à elite do futebol nacional e às lides internacionais , atingiu várias vezes a fase a eliminar da maior prova de clubes do planeta e estabeleceu-se definitivamente entre os melhores conjuntos da Bundesliga , só que na Alemanha há um eucalipto chamado Bayern que seca tudo à sua volta …
18 de maio de 1988 , final da Taça UEFA : depois de perderem a primeira mão em Barcelona por um expressivo 3-0 , os alemães acabariam por fazer o impensável e erguer o troféu em Leverkusen . Venceram o Espanyol pela mesma diferença , com três golos apontados na segunda parte , forçaram o prolongamento e resolveram a questão no desempate através da marcação de pontapés de penálti . O espanhol Sebastián Losada , que tinha bisado na primeira mão , falhou a penalidade decisiva .
Da última vez em que FC Porto e Leverkusen se defrontaram , em fevereiro de 2020 , nos 16 avos de final da Liga Europa , o brasileiro Wendell , hoje defesa dos azuis e brancos , integrava o plantel dos “ werkself ”.
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