golos ao intervalo ( 25-14 ), vantagem que ainda aumentou na segunda parte para números significativos ( 47-26 ). Os Dragões ficaram a apenas seis golos do recorde alcançado em dezembro de 2018 frente ao Arsenal da Devesa ( 53-26 ). O futuro ditou que o dia 7 de maio seria decisivo para o sucesso do clube . Enquanto a equipa de futebol arrastava uma multidão de adeptos a Lisboa para carimbar o título de campeão nacional no Estádio da Luz , o andebol fazia o que os adeptos adversários achavam impensável do outro lado da rua . Apesar de estarem três golos atrás no toque da buzina para o intervalo ( 13-10 ), os Dragões contrariaram o ambiente hostil e a competente equipa adversária , tendo desatado o nó que o Sporting tinha conseguido atar a poucos minutos do fim no último segundo do encontro . Após um time-out em que Magnus Andersson deu as instruções para o último ataque , Rui Silva começou com a bola , passou a Fábio Magalhães , que a devolveu ao central . O 14 portista deu para Pedro Cruz , que numa situação de aperto conseguiu livrar-se dos adversários e devolver a Rui Silva . O maestro virou o jogo para Leonel , que na posição de lateral esquerdo passou para um ponta esquerda inusitado . António Areia recebeu de mão esquerda e , em basculação , desviou o esférico de Matevz Skok para despertar a euforia azul e branca . O FC Porto tinha uma mão |
no troféu , mas havia contas a ajustar no Dragão Arena ainda antes do final da temporada . Na 28 .ª jornada , o Benfica vinha à Invicta e na memória ainda estava a longa série travada pelos lisboetas na primeira volta . Com Ivan Sliskovic e Djibril M ’ Bengue – ambos a disputar a última partida em casa – em grande plano ofensivo e com um Mitrevski elástico entre os postes , os Dragões superiorizaram-se ao adversário e , tranquilamente , construíram uma vantagem larga que acabou reduzida a quatro golos ( 32-28 ). O tricampeonato era uma realidade que carecia de confirmação e o palco das |
decisões era o mesmo de outras três festas nos últimos onze anos : o respeitado pavilhão do Águas Santas . Perto de casa , os adeptos encheram a casa do emblema maiato para ver uma primeira parte equilibrada ( 13-9 a favor dos da Invicta ) e uma segunda parte demolidora , que terminou em grande alegria . A festa já se fazia à volta do terreno de jogo ao som dos cânticos apaixonados e orgulhosos dos adeptos enquanto se jogavam os últimos segundos do encontro . Quando a buzina soou , chegou o tão aguardado desfecho : o FC Porto é tricampeão nacional . Entre abraços , saltos e muitos sorrisos , |
Daymaro Salina levantou o troféu que simboliza o cumprimento do principal objetivo da temporada . São já sete os títulos para Magnus Andersson em quatro anos – sendo que o campeonato nacional de 2019 / 20 , que o FC Porto terminou a primeira fase no topo da tabela classificativa só com triunfos , não teve campeão atribuído : três campeonatos nacionais , duas Taças de Portugal e duas Supertaças . O treinador sueco ultrapassou , já esta época , o marco das 100 vitórias no campeonato , totalizando agora 116 triunfos em 122 jogos na principal prova nacional . Um registo extraordinário . |
Djibril M ’ Bengue
“ É fantástico e especial estar sempre no topo da tabela quando há outras equipas fortes na liga .”
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Nuno Oliveira
“ É um orgulho imenso fazer parte do grupo e alcançar esta conquista .”
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Nikola Mitrevski
“ Ganhar o tricampeonato significa que o clube está a reinar no andebol português há 4 épocas [ uma época não terminou ]. Para conseguir isso , é preciso trabalhar muito .”
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Diogo Silva
“ Para mim , foi um prémio por uma temporada duríssima de trabalho , esforço e dedicação .”
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Jesús Hurtado
“ Para mim , é muito gratificante fazer parte deste plantel , crescer junto deles e fazer parte desta história .”
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Miguel Alves
“ Foi um sentimento de satisfação e alegria enorme , uma vez que , na minha opinião , este foi o título mais difícil e incerto do tri .”
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