Mas não só de Sérgio Conceição se escreve a ligação entre azuis e brancos e “ biancocelesti ”. No mesmo verão em que o jovem ala se mudou para a Cidade Eterna , também Fernando Couto seguiu para a Lazio e por lá ficou durante sete anos . Pilar das defesas de Carlos Alberto Silva e Artur Jorge , o “ centralão ” dos cabelos compridos saiu do FC Porto para Itália uns anos antes , em 1994 , e completou duas épocas ao serviço do Parma que lhe valeram a transferência para o Barcelona , onde reencontrou Vítor Baía . Depois de um par de temporadas na Catalunha , Couto juntava-se a Conceição , Vieri , Salas , Mihajlovic e Stanković no lote de reforços de luxo da Lazio do centenário . Num plantel em que , além da dupla portuguesa e do quarteto de transferências galácticas ainda figuravam nomes como os de Nesta , Simeone , Almeyda , Verón , Mancini , Nedved , Boksic , Inzaghi ou Ravanelli , Sérgio Conceição e Fernando Couto conquistaram uma Supertaça Europeia , uma Taça das Taças , um “ Scudetto ”, uma Taça e uma Supertaça de Itália . Tudo isto em apenas dois anos de parceria .
Chegado o novo milénio , era altura de Sérgio abraçar novos desafios e também ele se mudou para Parma . Couto ficou , regressando ao Porto em 2003 para disputar - com as cores do clube italiano - aquele que muitos consideram ter sido o melhor jogo da história do Estádio das Antas . Numa noite de abril abençoada pela chuva , a Lazio adiantou-se cedo por Claudio López e complicou as contas da equipa de José Mourinho nas meias-finais da Taça UEFA . Só que a resposta do Dragão não se fez esperar : primeiro Maniche , depois Derlei ( a dobrar ) e , por fim , Postiga transformaram a desvantagem numa goleada por 4-1 e recolocaram o FC Porto na rota de Sevilha . Na segunda mão , que foi também a segunda vez em que os dois clubes mediram forças , Vítor Baía impediu o avançado argentino da Lazio de voltar a faturar - desta vez de penálti - e manteve um nulo que apurou o FC Porto para a final da UEFA . O resto é história .
31 REVISTA DRAGÕES FEVEREIRO 2022