Noa
Alberto Indio
Tiago Girão e Estela Machado apresentaram a cerimónia
Intermezzo
Nuno Norte para surpresa de todos , uma verdadeira ode ao portismo de que António Sousa , vencedor do prémio Carreira , foi autor . Muito menos surpreendente foi a capacidade intelectual de Jorge Nuno Pinto da Costa . Depois de entoar o “ Cântico Negro ”, a cantora Noa - que atuou entre a Opera Intermezzo , Nuno Norte e Alberto Índio - fez ecoar uma gravação de Pinto da Costa a declamar a obraprima de José Régio . Com os versos bem frescos na mente , o líder azul e branco respondeu à chamada e , filmado pelas câmaras da FC Porto TV e do Porto Canal , mostrou conhecer o poema de fio a pavio . Porque a tradição ainda é o que era , a cerimónia só terminou depois do discurso presidencial . Ao longo de 23 minutos , Jorge Nuno Pinto da Costa recorreu a “ O Infante ”, de Fernando Pessoa , para evocar o passado , aplaudir o presente e projetar o futuro do FC Porto , dirigindo-se , um por um , a todos os 14 vencedores da noite . Antes de se despedir , o dirigente mais titulado da história do futebol mundial pediu tempo a Deus para responder “ no sítio certo à orquestração de certa comunicação social , de calúnia e mentira ” contra si e contra o clube que dirige há quase quarenta anos . “ O FC Porto é eterno ”, disse o presidente e pode dizê-lo também quem assistiu a mais uma demonstração de portismo em estado puro .
11 REVISTA DRAGÕES DEZEMBRO 2021