Dragões #416 Jul 2021 | Page 30

MEHDI TAREMI bola . “ Tocámos-lhe os dois e acabei por marcar quase por acidente , mas foi o resultado de uma pressão intensa ”. E o golo , insiste , não foi só dele : “ Creio que fui esperto naquela situação , mas só conseguimos marcar porque toda a nossa equipa pressionou , fechando qualquer linha de passe ”. O remate pode não ter sido brilhante , reconhece o autor , mas o processo que o precedeu “ foi fantástico ”. O golo mais belo que alguma vez marcou chegou menos de dois meses depois , também na Liga dos Campeões . Jogavam-se os últimos instantes dos quartos de final e o pontapé de bicicleta só serviu para atenuar os efeitos da eliminação frente ao Chelsea , que acabaria por vencer a competição . “ Foi um grande golo para mim , mas para a equipa não foi suficiente ”, recorda . A acrobacia e a colocação do remate deram-lhe o melhor golo da competição e da carreira . “ Foi o mais bonito da minha vida e não apenas o melhor da temporada ”, precisa . Já tinha tentado fazer igual no Irão , ainda com a camisola do Persepolis , mas nunca teve êxito . “ Talvez tenha sido azar …”, calcula . “ Houve uma vez em que acertei na trave e teria sido um golo muito bonito , mas este , contra o Chelsea , não foi apenas bonito , foi perfeito ”. “ Quando me posicionei para o cruzamento do Nanu , apercebime de que a bola tinha saído um pouco alta e para as minhas costas ”, continua o iraniano . “ Naquele instante pensei para mim : ‘ Mehdi , a única forma de fazeres isto é com uma bicicleta ’”. Executou tal como imaginou “ e a bola saiu perfeitinha ”. Só foi pena não ter sobrado tempo “ para mais ”, lamenta .

Foi o mais bonito da minha vida e não apenas o melhor da temporada . Houve uma vez em que acertei na trave e teria sido um golo muito bonito , mas este , contra o Chelsea , não foi apenas bonito , foi perfeito .”