ANDEBOL
FORÇAS DE ELITE
O
FC Porto já criou raízes na elite do andebol e o Dragão Arena tornou-se , definitivamente , numa das fortalezas da modalidade no velho continente . Os detentores do título nacional entraram na Liga dos Campeões depois de só a covid-19 os ter afastado da edição anterior . Em 2019 / 20 , os portistas marcaram encontro com o Aalborg nas fases adiantadas da maior competição de clubes do mundo e na presente campanha repetiram a façanha . A Champions arrancou em casa num encontro atípico do FC Porto diante do tetracampeão norueguês . Frente ao Elverum , os Dragões desperdiçaram uma vantagem de quatro golos ao intervalo e sofreram uma derrota estranha ( 28-30 ). Mas tudo se recompôs rapidamente e , seis dias depois , o Meshkov Brest saiu vergado da Invicta ( 27-25 ). À vitória sobre os bielorrussos seguiram-se quatro jogos com três resultados positivos : uma vitória contra o Pick Szeged e dois empates – em casa do Vardar e na receção ao Kielce . O adversário que se seguiu foi o todo-poderoso PSG e os azuis e brancos até estiveram perto de fazer história na cidade das luzes , mas um golo foi o suficiente para garantir o triunfo parisiense ( 29-28 ). De volta a Portugal , houve tempo para derrubar o campeão europeu de 2018 / 19 ( Vardar ) antes de um périplo louco pelo Leste da Europa . Com menos de 48 horas de descanso e longas viagens pelo meio , o FC Porto foi à Polónia dar luta ao Kielce ( 32-30 ) e à Hungria despender as últimas energias na derrota contra o Pick Szeged ( 35-31 ). Um ano depois , as restrições impostas pela pandemia voltaram a fazer-se sentir e o formato da Liga dos Campeões sofreu alterações em finais de fevereiro - altura em que a EHF anunciou a qualificação direta
das 16 equipas presentes na fase de grupos para os recém-criados oitavos de final . Até lá os azuis e brancos ainda viveram momentos de muita comoção no Dragão Arena . Antes , durante e após a vitória folgada - no papel de visitante - face ao Elverum ( 38-31 ), o FC Porto honrou o legado de Alfredo Quintana e dedicou a vitória ao gigante cubano precocemente desaparecido . Praticamente um mês depois , no primeiro dia de abril , era tempo de o FC Porto medir forças com o Aalborg . A chama europeia manteve-se acesa ao cabo dos primeiros 60 minutos da eliminatória , disputados na Invicta ( 32-29 ). Contudo , na Dinamarca , os portistas ficaram a um golo de poderem carimbar o passaporte para os “ quartos ” e acabaram eliminados de forma inglória pela diferença entre os golos obtidos fora de portas ( 27-24 ). A frustração com que a equipa de Magnus Andersson saiu da prova é demonstrativa da atual dimensão dos Dragões na Europa do andebol . O regresso está prometido para a temporada que se avizinha e desengane-se quem pensa que o FC Porto tenciona retirar um milímetro à fasquia .
47 REVISTA DRAGÕES JUNHO 2021