ANDEBOL
Com Quintana e por Quintana
Tudo indicava que o dia 22 de fevereiro seria mais uma segunda-feira de trabalho normal para a equipa de andebol do FC Porto . Tristemente , tal esteve longe de acontecer . Durante a sessão de treino , o enorme coração de Alfredo Quintana traiu-o e o luso-cubano caiu inanimado no Dragão Arena . Transportado de urgência para o Hospital de São João , o eterno n .º 1 agarrou-se à vida durante quatro longos dias e noites depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória . Às 12 horas do dia 26 , a unidade hospitalar comunicava ao FC Porto o falecimento de Alfredo Eduardo Quintana Bravo . O repentino desaparecimento do guardião natural de Havana deixou o clube , o país e o mundo do andebol em estado de choque e deu origem a uma série de merecidas homenagens a “ K1ngtana ”. A camisola 1 foi retirada pela secção de andebol azul e branca , cuja equipa só voltou a competir em março graças ao brio dos companheiros . Estes prometeram-lhe um lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio e o título de campeão nacional , feitos que alcançaram heroicamente e que assinalaram com vários gestos em memória de Quintana . Após os festejos do bicampeonato no Dragão Arena , a camisola 1 foi erguida na baliza Sul e todos os jogadores e equipa técnica se juntaram no limite da área dos seis metros para saudar Alfredo com uma continência . Daqui em diante , onde quer que as cores do FC Porto e de Portugal estejam , também estará Alfredo Quintana .
42 REVISTA DRAGÕES JUNHO 2021