LIGA DOS CAMPEÕES
14.110 espectadores assistiram à final da Liga dos Campeões disputada no Estádio do Dragão entre os azuis do Chelsea e os azul-celestes do
Manchester City
Trinta e três anos depois da vitória do FC Porto sobre o Ajax no jogo da segunda mão da Supertaça Europeia de 1987 , o encontro decisivo de uma competição europeia de clubes voltou a realizar-se no Porto . Não era algo que estivesse previsto até 13 de maio , dia em que a UEFA anunciou que devido à pandemia da covid-19 a final da Liga dos Campeões não se poderia realizar no Estádio Olímpico Atatürk , em Istambul . Em apenas duas semanas , a colaboração do FC Porto com a UEFA e a Federação Portuguesa de Futebol permitiu organizar e concretizar com êxito um dos eventos desportivos anuais mais relevantes à escala planetária . Mas o que se passou no Dragão naquele dia , além da consagração do Chelsea como campeão da Europa – num percurso quase imaculado até ao título que só incluiu uma derrota frente ao FC Porto , nos quartos de final –, ficou marcado por um facto que até alguns dias antes não pareceria real em Portugal : sim , afinal era possível que o Governo autorizasse público nos estádios de futebol . O Chelsea-Manchester City foi testemunhado nas bancadas por 14.110 espectadores – correspondentes a um pouco mais de um quarto da lotação do recinto –, maioritariamente ingleses , como é natural . Isto aconteceu sensivelmente um ano depois de o FC Porto e o seu presidente , Jorge Nuno Pinto da Costa , perante sinais evidentes de controlo da pandemia e tendo em conta a possibilidade de haver público em eventos como concertos musicais e touradas , terem iniciado quase sozinhos uma batalha pelo regresso dos adeptos aos estádios . Do outro lado , as respostas variaram entre o não e a indiferença . Os motivos nunca foram claros , pela simples razão de que ninguém
Vítor Baía , que com a camisola do FC Porto venceu a Liga dos Campeões em 2004 , transportou o troféu até ao relvado antes do apito inicial
Kai Havertz ultrapassa Ederson para marcar o golo que fez toda a diferença
35 REVISTA DRAGÕES JUNHO 2021