GOLDEN BOY
OUTUBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
O futuro pas
O futuro andou por Génova e revelou duas camisolas azuis e brancas. A lista dos 25 finalistas do prémio Golden Boy, atribuído pelo jornal italiano Tuttosport ao melhor Sub-21 a atuar na Europa, foi apresentada a 15 e 16 de outubro, na Abadia de Santo André, na Colina de Erzelli, um cenário onde tradição e modernidade se encontram e onde o futebol olha com método para quem vai liderar os próximos anos. Entre os eleitos surgem Victor Froholdt e Rodrigo Mora, confirmação de que o FC Porto está no centro da conversa certa: a do talento que decide jogos hoje e pode marcar uma época amanhã.
TEXTO de ALBERTO BARBOSA
A mecânica do anúncio ajuda a ler o alcance da distinção: 20 nomes chegam pelo Golden Boy Football Benchmark Index – um modelo que cruza desempenho, tempo de utilização e contexto competitivo – e cinco wild cards fecham a grelha, assegurando espaço para trajetórias fora do padrão. Rodrigo Mora entra por esta via, Victor Froholdt figura entre os 20 apurados pelo índice. O quadro final tem representantes de 17 clubes e, no topo, apenas Real Madrid e Paris Saint- Germain apresentam mais candidatos do que o FC Porto, com três cada. Froholdt, médio de grande raio de ação, é o retrato do jogador que liga setores sem perder critério: inteligência posicional, passada larga para cobrir metros e passe vertical que acende o jogo entre linhas. Com a bola, escolhe o tempo certo: acelera quando a equipa precisa de ganhar metros, pausa quando importa respirar; sem bola, posicionase para encurtar espaços e recuperar de forma limpa. Não é só um 8 que organiza, é um motor que acelera, capaz de transformar posse em progressão e progressão em ocasiões de golo.
Mora joga como quem desata nós. O centro de gravidade baixo e a mudança de direção em espaço curto dão-lhe vantagem onde o metro quadrado é mais caro, a visão de jogo chega no último passe e a fome de golo empurra-o para
22