“ Compete-me potenciar o rendimento da equipa, quer a nível individual quer coletivo. Mais importante do que terem um passado repleto de títulos, é a fome que [ os jogadores ] continuam a demonstrar.”
HÓQUEI EM PATINS
SETEMBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
Entre postes e projetos
Chega na condição de campeão europeu ao comando do bicampeão nacional e com o sonho cumprido de treinar os Dragões. Agora, Paulo Freitas só pensa em enriquecer o Museu FC Porto com mais troféus. Nas primeiras declarações à DRAGÕES, fique a conhecer o homem que arrancou na modalidade por acaso e que fez história na baliza ao lado de Franklim Pais.
ENTREVISTA de SÉRGIO VELHOTE
Em 2025, o hóquei em patins nacional encerrou vários ciclos de sucesso. Se Ricardo Ares rumou a Barcelona após quatro temporadas de triunfos no FC Porto, Paulo Freitas abraçou o projeto azul e branco depois de conduzir Portugal ao título europeu. Para o novo treinador dos Dragões não havia outra escolha. Depois de ter representado o clube como jogador e, posteriormente, ter sido treinador da formação, o novo técnico dos bicampeões nacionais sabe que fez a escolha certa.“ Era muito importante para mim regressar a este enorme clube, uma bandeira do desporto nacional e internacional”, começou por dizer Paulo Freitas, tendo como pano de fundo o Dragão Arena.“ Vai ser fantástico”, admitiu.“ Todas as bancadas estarão do nosso lado”. Os contactos surgiram cedo e Paulo Freitas mostrou-se entusiasmado com a mudança, mas sem esconder o peso de representar o FC Porto.“ Estou ciente da responsabilidade, espero estar à altura deste desafio que me propuseram e da grandeza do clube. Da minha parte, tudo irei fazer para
que isso aconteça. Vou dedicar-me a mil por cento, entregarei tudo o que tenho e o que sei para que o FC Porto conquiste muitos títulos”, sublinhou. Nesta nova casa, encontrou Tomás Santos, com quem venceu o Europeu de sub-23, Gonçalo Alves, Rafa e Hélder Nunes, três internacionais portugueses campeões da Europa, bem como Pol Manrubia e Carlo Di Benedetto, adversários de Portugal na competição. Se o internacional espanhol e o francês“ estarão naturalmente desapontados” com o desfecho, o técnico destaca a qualidade do plantel azul e branco.“ Compete-me potenciar o rendimento da equipa, quer a nível individual quer coletivo. Mais do que o passado repleto de títulos, vale a fome que continuam a demonstrar para continuarem a ganhar”, observou, apontando“ a Elite Cup, a Supertaça e a Taça Continental” como os objetivos mais próximos para vencer.“ Depois, o campeonato e a Liga dos Campeões, tudo a seu tempo. O que posso garantir é que vamos ter um FC Porto forte, ambicioso e com coragem para entrar da melhor forma nos momentos de decisão. Aí, todos sabemos: as finais não se jogam, ganham-se.”
“ Compete-me potenciar o rendimento da equipa, quer a nível individual quer coletivo. Mais importante do que terem um passado repleto de títulos, é a fome que [ os jogadores ] continuam a demonstrar.”
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