FUTEBOL
AGOSTO 2025 REVISTA DRAGÕES
05
Os jogos de apresentação também serviram de oportunidade para despedidas, como a de Pedro Emanuel, que em julho de 2009 colocou um ponto final na carreira lavado em lágrimas e perante um estádio cheio antes de o FC Porto reencontrar o Mónaco. O central do olhar fulminante, que transformou o penálti decisivo em Yokohama e deu aos azuis e brancos a segunda Taça Intercontinental, teve a merecida a volta de honra, foi aplaudido de pé e confessou o quanto tinha sido feliz ali, no Dragão. Minutos antes, o capitão já tinha trocado um abraço com Raul Meireles, o herdeiro da braçadeira e do número, que lhe ofereceu uma camisola com uma dedicatória especial:“ Fiquei com o número 3 em tua homenagem. Serás sempre o meu capitão”.
06
O Dragão é, por natureza, um espaço de homenagem; às estrelas do momento e aos ídolos de outros tempos, mesmo aos que nunca tiveram a oportunidade de ali jogar. Em 2013, antes da vitória sobre o Celta de Vigo, João Pinto e Vítor Baía, os dois jogadores portugueses que mais vezes vestiram a camisola do FC Porto, foram distinguidos pela longevidade. Em 2018, antes do empate com o Newcastle, Sir Bobby Robson, que treinou os dois clubes, motivou o aplauso coletivo quando as duas equipas alinharam mescladas e desfraldaram uma tarja com a imagem do mítico treinador inglês ao lado da inscrição“ Forever in our hearts”( Para sempre nos nossos corações). Em julho de 2023 foi a vez de Radamel Falcao, um dos melhores pontas de lança da história azul e branca, ser ovacionado antes e durante o jogo com o Rayo Vallecano, história que se repetiria no ano seguinte com Alex Telles, Otávio e Luís Castro nos momentos que precederam a goleada sobre o Al Nassr. Porque vestiu as camisolas do FC Porto e do Atlético de Madrid, Falcao regressou este ano, mas fê-lo na companhia de Futre, Costinha, Diego, Cristian Rodríguez e Felipe. Antes do apito inicial foi prestada uma sentida ovação aos malogrados Diogo Jota e André Silva.
43