TEMA DE CAPA
JULHO 2025 REVISTA DRAGÕES
A bandeira que cobriu a urna de Jorge Costa durante as cerimónias fúnebres ganhou espaço de destaque no Estádio do Dragão
colegas, jogadores e adeptos. Durante a manhã que antecedeu a cerimónia fúnebre no Estádio do Dragão, todas elas observaram um minuto de silêncio antes do início dos treinos, num momento de recolhimento sentido por todos. Apesar de nem todos se encontrarem já em atividade, vários elementos dos plantéis das modalidades do FC Porto estiveram presentes no Estádio do Dragão e manifestaram publicamente o seu pesar através de mensagens de tributo partilhadas nas plataformas digitais do clube. Jorge Costa foi recordado como símbolo de compromisso, liderança e entrega ao emblema que representou ao longo de décadas, primeiro como jogador, depois como dirigente. As manifestações de pesar estenderam-se ainda às Casas FC Porto e aos núcleos de adeptos espalhados por todo o país e além-fronteiras. Multiplicaram-se as mensagens de condolências, coroas de flores e publicações nas redes sociais que evocaram memórias e momentos marcantes de uma carreira que ficará para sempre ligada à identidade do FC Porto.
PRESIDENTE SEMPRE AO LADO DO AMIGO
O último adeus no Estádio do Dragão, aberto à presença de sócios e simpatizantes, fechou um ciclo de despedidas marcado pela emoção. Numa cerimónia comovente, assinalada pela dignidade e pelo respeito, o
“ Bicho” foi recordado com emoção pelos mais simples e mais fervorosos adeptos, por dirigentes, atletas, antigos companheiros de equipa e adversários. A urna, envolvida pela bandeira do FC Porto e por duas braçadeiras usadas por Jorge Costa, foi colocada a escassos metros da entrada para os balneários, um espaço simbólico que tantas vezes pisou enquanto jogador e dirigente. Ao seu redor, foram dispostos exemplares de cada um dos troféus que conquistou ao serviço do clube, bem como a camisola número 2, a que ficou para sempre associado. Ao longo de sete horas e de toda a duração do velório, André Villas-Boas permaneceu junto à urna, ao lado daquele que escolheu para seu braço direito na liderança do futebol profissional. Apesar do calor e da longa espera, os adeptos acorreram em massa ao Estádio do Dragão para se despedirem de uma das figuras mais icónicas da história do clube. Ao longo da galeria interior, o percurso conduzia ao livro de condolências, onde muitos deixaram mensagens de apreço, saudade e gratidão. No exterior, o memorial espontâneo crescia a cada hora com a deposição de cachecóis, camisolas, bandeiras, fotografias e flores— testemunhos silenciosos da ligação profunda entre Jorge Costa e os adeptos. O ambiente era de luto, mas também de reconhecimento coletivo por tudo aquilo que o capitão representa.
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