HÓQUEI EM PATINS
MAIO 2025 REVISTA DRAGÕES
As últimas palavras de Rafa à DRAGÕES ilustravam a ambição azul e branca rumo a mais uma vitória no campeonato nacional, um objetivo que nunca deixou de ser o principal para o FC Porto. No entanto, volvidos cinco anos, a experiência é outra. Ultrapassada a pandemia e as alterações na equipa técnica, o foco nos triunfos mantém-se e é reforçado pelo espírito dentro do balneário. Antes de se focar no percurso coletivo dos azuis e brancos, Rafa mostrou-se feliz por esta caminhada iniciada há 16 anos quando conseguiu“ aliar os estudos ao hóquei”. Desde então, cada capítulo tem um sabor especial.“ No desporto, umas vezes estamos do lado da vitória e noutras do lado de quem perde. O que fica são os sentimentos e aquilo que vivemos, tanto dentro do rinque como no balneário e nos corredores do nosso pavilhão. Sinto, cada vez mais, que esta é a minha casa e estas são as minhas pessoas. Uma segunda família”, começou por explicar. A assinatura do primeiro contrato aconteceu em 2009, no ciclo do decampeonato de que Rafa também fez parte. HC Braga, OC Barcelos e Valongo marcaram o percurso do hoquista, em diferentes cedências, mas foi o“ crescimento” conseguido de azul e branco que fez do internacional português o jogador que é hoje.“ Só tenho coisas bonitas para me lembrar. É gratificante saber que um clube tão grande como o FC Porto nunca prescindiu dos meus serviços e do meu trabalho. É algo que qualquer jogador ambiciona e sinto-me feliz por representar há tantas temporadas o melhor clube do mundo”, admitiu. A ligação de Rafa ao FC Porto cobre toda a vida do Dragão Arena e as épocas no hóquei em patins sénior de um jovem que se tornou um dos mais experientes do plantel.“ Aproveitei as festas da faculdade e o tempo com os amigos enquanto trabalhava para ser o melhor profissional. Se cometi alguns erros nessa fase inicial, não me arrependo, porque me trouxeram até este momento”, observou o camisola 9, pai da Alice e do Tomás, com o filho a estar presente ao longo desta conversa.“ Chego a casa e deixo tudo para trás. Eles exigem muito de mim e da minha esposa, o que torna tudo desafiante. Somos uma família feliz e quero aproveitar todos os momentos com eles. São mais dois portistas”, sublinhou.
MAL HABITUADOS Em 2025, Rafa trabalha dia a dia com o mesmo intuito das últimas temporadas: conquistar troféus. Contudo, esta temporada não está a ser a mais fácil para os portistas.“ Nos 13 anos que representei o FC Porto, só não venci títulos em dois. Isso demonstra o quão estranho é para nós estar nesta posição”, admitiu o hoquista, sem esquecer que o campeonato“ está ao alcance” da equipa.“ Acredito que passar por estas fases nos permitem ser mais fortes no futuro. Foi assim em 2023, quando vencemos a Liga dos Campeões. Que este ano se repita, mas nos playoffs do campeonato”.
Uma das etapas está feita, com o triunfo nos quartos de final frente à Juventude Pacense. Agora, com clássicos pela frente, é com“ alegria dentro do rinque” que Rafa espera que a equipa jogue rumo a mais um objetivo.“ Se não for assim, dificilmente conseguiremos tirar frutos desta temporada”. A primeira conquista esteve próxima de ser conseguida a 11 de maio, em Matosinhos, mas o Óquei de Barcelos foi mais forte no desempate por grandes penalidades.“ Depois de termos feito uma grande partida frente ao Benfica na meiafinal, graças à união e à entrega que tanto nos caracterizam, penso que não tivemos a sorte necessária para sermos campeões europeus. É preciso merecê-la durante todo o ano e nós não fomos consistentes.
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