FUTEBOL
MAIO 2025 REVISTA DRAGÕES
É inevitável falar do dia 1 de setembro. Como foi a estreia no Dragão? Foi um dos melhores dias da minha vida, não esperávamos tanto apoio. Para mim era impensável ver tanta gente no estádio, não estava mesmo à espera. Quando entrámos no relvado para o aquecimento havia uma bancada que já estava cheia, mas quando o jogo começou e vi que o estádio estava quase lotado … nem conseguia acreditar que era possível. É um sentimento que vou guardar para sempre no meu coração.
O futebol feminino português ganhou um novo fôlego com a entrada em cena do FC Porto? Já há muito que se especulava que o clube poderia criar uma equipa e eu sabia que o futebol feminino tinha muito a ganhar se isso acontecesse. O resultado está à vista.
Nos dias seguintes entrou para a história do clube ao assinar o primeiro golo em competições oficiais. O que sentiu? Nem pensei nisso, nem me lembrei que era a primeira marcadora. Limitei-me a viver o momento. Agradeço muito às minhas colegas pelo que senti nesse dia, sem elas nada disto seria possível.
De então para cá, já marcou mais 40 golos e fez 20 assistências em 34 jogos. Alguma vez imaginou conseguir estes números? Nunca pensei que fosse possível, mas está tudo a correr tão bem … Vamos por mais.
Foi também a primeira portista chamada a uma seleção principal. É inexplicável. Estamos a representar
o nosso país, em competições diferentes das que estamos habituadas. Aprendemos imenso e, acima de tudo, melhoramos muito o nosso rendimento.
Por que escolheu representar Cabo Verde? Amo Portugal e Cabo Verde da mesma forma. Sempre disse que escolhia o país que me chamasse primeiro, por isso quando me convocaram para a seleção cabo-verdiana nem pensei duas vezes.
Está no melhor momento de forma? Sem dúvida.
Acredita que a vinda para o FC Porto e os ensinamentos do mister Daniel Chaves foram determinantes? Claro que sim, tento sempre dar o meu melhor e adaptar-me às ideias
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