“ Descer de divisão [ n. d. r.: aconteceulhe no Boavista ] é sempre mau, mas eu acredito que aprendemos muito mais com os erros do que com as vitórias. Esse foi o meu primeiro ano como sénior e agora aqui estou eu, desta vez a subir de escalão.”
FUTEBOL
MAIO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ Descer de divisão [ n. d. r.: aconteceulhe no Boavista ] é sempre mau, mas eu acredito que aprendemos muito mais com os erros do que com as vitórias. Esse foi o meu primeiro ano como sénior e agora aqui estou eu, desta vez a subir de escalão.”
Quais são as maiores paixões da Adriana Semedo? Não sou mulher de muitas paixões, a não ser o futebol.
Quando é que o futebol começou a ganhar espaço? Desde criança que sempre gostei de jogar. Onde houver amigos e uma bola eu sou feliz. Nem que seja no paralelo, na praia ou em terrenos abandonados.
Havia quem lhe dissesse que o futebol não era para meninas? Infelizmente ainda há pessoas que pensam assim, mas isso não faz qualquer sentido. O lugar da mulher é onde ela se sentir feliz.
Nasceu em Portugal, mas tem dupla nacionalidade. Falenos sobre as suas origens.
A minha mãe é portuguesa e o meu pai é cabo-verdiano. Em 2009 decidiram ir morar para Cabo Verde e só regressámos a Portugal cinco anos depois. Nessa altura já tinha 14 anos e aproveitei para terminar os meus estudos. Formei-me em Marketing, Comunicação e Relações Públicas.
Já era federada antes de ir para Cabo Verde? Não, só jogava na rua com os meus amigos.
E foi isso que continuou a fazer por lá? Lá o futebol ainda não era tão avançado como em Portugal, mas jogávamos muito à bola no recreio da escola.
A aventura do futebol começa após o regresso a Portugal e foi no Boavista que teve a primeira experiência como sénior. Conte-nos como correu. Éramos seniores, mas só no escalão, porque o plantel era muito jovem. Havia uma diferença de ritmo considerável face às adversárias. Sentíamos muito essa dificuldade e, ainda que tivéssemos a nossa qualidade e tentássemos impor o nosso jogo, a época não correu como queríamos.
Como é que um plantel tão jovem lida com uma descida? Descer de divisão é sempre mau, mas eu acredito que aprendemos muito mais com os erros do que com as vitórias. Esse foi o meu primeiro ano como sénior e agora aqui estou eu, desta vez a subir de escalão.
No segundo ano foi a segunda melhor marcadora do Fiães e a jogadora mais utilizada numa época que culminou
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