MUNDIAL DE CLUBES
MAIO 2025 REVISTA DRAGÕES
AL AHLY
1x Taça da União das Associações de Futebol Árabe 12x CAF Champions League 4x Taça das Taças de África 8x Supertaça da CAF 1x Taça Confederação da CAF 1x Taça Afro-Asiática 45x Liga Egípcia 37x Liga Egípcia 15x Supertaça Egípcia
24 DE JUNHO 02H00 MetLife Stadium( Nova Jérsia)
TEXTO de PEDRO DINIZ
O FC Porto termina a fase de grupos contra o Al Ahly, para muitos o adversário menos conhecido do grupo, mas ainda assim um colosso que venceu três das últimas quatro edições da Liga dos Campeões africana, possui a maior massa adepta do Egito e é um dos clubes mais populares do Médio Oriente. Fundado a 24 de abril de 1907 com o propósito de reunir jovens intelectuais egípcios, o clube evoluiu na vertente desportiva e viveu inúmeras épocas de sucesso, superando largamente o rival Zamalek. Recordistas de títulos nacionais( 44), Taças do Egito( 37), Supertaças do país( 15) e Ligas dos Campeões( 12), os Diabos Vermelhos possuem ainda no palmarés 8 Supertaças continentais, 4 Taças das Taças, uma Taça da União das Associações de Futebol Árabe, uma Taça da Confederação CAF e uma Taça Afro-Asiática. Eleito Clube do Século XX da Confederação Africana de Futebol, o Al Ahly já participou em nove Mundiais de Clubes da FIFA, tendo conquistado a medalha de bronze em quatro ocasiões, três delas- 2020, 2021 e 2023- sob a liderança de Mahmoud Al Khatib, antigo ícone enquanto ponta de lança e agora dirigente máximo desde 2017. Maior goleador da história do emblema do Cairo com 157 golos, é carinhosamente apelidado de“ Bibo”, um nome popular e afetuoso no Egito, devido à elegância dentro das quatro linhas e ao carisma demonstrado nos bastidores. Capitaneado desde 2020 pelo experiente guarda-redes de 36 anos Mohamed El Shenawy, o adversário do FC Porto na
terceira jornada do grupo A deposita grande parte das esperanças do seu êxito em Emam Ashour, um médio ofensivo de 27 anos com grande capacidade de finalização, como mostram os números de 2024 / 25. Melhor marcador do plantel com 17 remates certeiros em 32 partidas, aos quais junta ainda nove assistências, assumiu particular protagonismo em janeiro, na Liga dos Campeões, quando assinou um“ hat-trick” na segunda parte do duelo com o Stade d ' Abidjan, na fase de grupos da competição. No banco, a temporada foi de mudança para os habitantes do Castelo Vermelho. O suíço Marcel Koller, que orientava o Al Ahly desde setembro de 2022, foi demitido em abril após a eliminação nas meias-finais da Champions aos pés do Mamelodi Sundowns, de África do Sul. Emad El-Nahhas, antigo jogador, assumiu o papel de técnico interino até ao anúncio de José Riveiro, um galego de 49 anos que chegou do Orlando Pirates, onde brilhou em termos nacionais e internacionais. Natural de Vigo, iniciou a trajetória em equipas regionais até chegar aos escalões de formação do Celta, de onde se mudou para a Finlândia, país em que se lançou como treinador adjunto do FC Honka. Seguiram-se passagens pelo PK-35 Vantaa e HJK Helsínquia antes da primeira experiência como líder de uma equipa técnica no FC Inter Turku, emblema que levou ao segundo lugar da liga e à consequente qualificação para as competições europeias pela primeira vez em seis anos. Contratado pelos sulafricanos do Orlando Pirates em 2022, conquistou o campeonato em cinco
José Riveiro, galego de 49 anos, é o novo treinador do Al Ahly
ocasiões, três delas consecutivas, e duas Taças. Em termos internacionais, o adepto do 4-2-3-1 conduziu a formação às meias-finais da Liga dos Campeões africana, o que não acontecia desde 2013. Na décima participação no Mundial do Clubes, os egípcios medem forças com o plantel orientado por Martín Anselmi na noite de São João( 24 de junho, 02h00). O embate terá lugar no MetLife Stadium, em Nova Iorque, casa dos New York Giants e dos New York Jets na NFL e palco da final do Mundial de 2026. Com capacidade para albergar 82.500 adeptos, o estádio é um dos maiores da liga de futebol americana e foi o escolhido para o Super Bowl XLVIII, o primeiro a realizar-se num estádio ao ar livre de uma cidade com clima frio. Além do que é para muitos o maior espetáculo desportivo do planeta, o MetLife já recebeu a final da Copa América de 2016, que coroou o Chile como campeão sul-americano.
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