ESPECIAL 40 ANOS
ABRIL 2025 REVISTA DRAGÕES
Dezassete dias depois de a DRAGÕES chegar às bancas, o FC Porto de Artur Jorge conquistava o título de campeão nacional. já não eram andrades reconquistaram o título que escapava há seis anos, desde os tempos de José Maria Pedroto. O Belenenses ainda reduziu, mas o 5-1 final confirmava o primeiro título da era Jorge Nuno Pinto da Costa e da superequipa de Artur Jorge, que conquistaria a Europa em Viena dois anos mais tarde. Mas não foi só o futebol a tornar 1984 / 85 uma época memorável para os portistas. O hóquei em patins fez ainda melhor e, além do campeonato, ergueu também a Taça de Portugal e a Supertaça. A constelação orientada por Vladimiro Brandão e formada por Domingos Guimarães, António Alves, Cristiano Pereira, Vítor Hugo, Vítor Bruno, Domingos Carvalho, Licínio Pereira, António Vale e Tó Sousa patinou com autoridade rumo ao tricampeonato e só não lhe juntou a Taça dos Campeões Europeus porque a sorte sorriu ao Barcelona no desempate por grandes penalidades.
DESDE ABRIL DE 1985 Nessa altura já se vendia nas tabacarias e quiosques uma revista com 44 páginas coloridas, uma novidade que refletia a modernidade cada vez mais acentuada no clube e levava o público a pagar 100 escudos pela recémnascida DRAGÕES, então dirigida por Monteiro Pinho e distribuída pela empresa Jornal de Notícias. O sucesso daqueles 10 mil exemplares impôs o regresso às máquinas para uma segunda edição. Na capa, a revista reproduzia um abraço entre os jogadores André, Jaime Magalhães e
Quim, revelava documentos inéditos de José Maria Pedroto, que falecera três meses antes, e trazia uma entrevista a Jorge Nuno Pinto da Costa, que cumpria o segundo mandato à frente do clube. Publicação única entre os emblemas portugueses, a DRAGÕES plasmava um conceito diferente de comunicação definido pelo Presidente dos Presidentes.“ É um passo importante na modernização e lançamento europeu do FC Porto”, dizia o dirigente na entrevista publicada no primeiro número da revista. Ao longo de quatro páginas, Jorge Nuno Pinto da Costa começava a desvendar o futuro, tendo como horizonte o ano 2000, e uma das grandes obras era o rebaixamento do Estádio das Antas, integrado no projeto da Cidade Desportiva. Não prometeu
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