Dragões #459 Fev 2025 | Page 12

TEMA DE CAPA
FEVEREIRO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ A prenda da minha avó quando fiz 16 anos foi o cartão de sócio do FC Porto . Era o sócio n .° 26.636 . Se me tivesse dado um saco com barras de ouro não ficaria mais contente .”
DAS BANCADAS À SALA DA DIREÇÃO

Tudo começou pela base . No princípio , Jorge Nuno Pinto da Costa era apenas uma criança que assistia aos jogos no Campo da Constituição pela mão de um tio , um adolescente que se tornou associado por iniciativa da avó e um jovem adulto que acompanhava o FC Porto para todo o lado em caravanas de portistas que queriam ver com os próprios olhos o que só poderiam imaginar como era através dos relatos da rádio . Foi assim , enquanto crescia como homem e como adepto , que a 6 de maio de 1948 esteve no Estádio do Lima a vibrar com a vitória sobre o Arsenal , que a 28 de maio de 1952 esteve nas Antas a emocionar-se com a inauguração do novo estádio , e que a 22 de março de 1959 esteve em Torres Vedras a sofrer com os truques de Calabote e a festejar uma conquista que só viria a repetir-se 19 anos depois . Logo nos primeiros anos de vida adulta , numa altura em que a realidade do FC Porto era fértil em crises diretivas e instabilidade , Jorge Nuno Pinto da Costa começou a colaborar , como vogal , na secção de hóquei em patins , que passaria a liderar em 1962 . Mais tarde , assumiu responsabilidades no hóquei em campo e no boxe , antes de tomar posse como diretor das modalidades amadoras num dos mandatos de Afonso Pinto de Magalhães . Concluída a missão , terá chegado a pensar que estava cumprido e encerrado o objetivo de contribuir para o sucesso do clube de sempre , mas largos dias têm cem anos …

1937 28 dezembro Filho de José Alexandrino Teixeira da Costa e de Maria Elisa Pinto , nasce na freguesia de Cedofeita , no Porto
1945 Levado pelo tio Armando , assiste pela primeira vez a um jogo do FC Porto no Campo da Constituição
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