Dragões #458 Jan 2025 | Page 60

HÓQUEI EM PATINS
JANEIRO 2025 REVISTA DRAGÕES

“ Não podemos nem queremos relaxar , porque a mentalidade do FC Porto é procurar sempre mais . Esta equipa quer continuar a deixar a sua marca . Esta mentalidade transporta-se também para os treinos e é algo com que me identifico desde o meu primeiro dia aqui .”

TAÇA INTERCONTINENTAL AINDA NA MEMÓRIA Foi no Pavilhão João Rocha que o FC Porto se tornou campeão do mundo de hóquei em patins , com Carlo Di Benedetto a assinar “ o melhor golo da carreira ”, ao rodopiar perante Ângelo Girão com a bola controlada no stick até a colocar no fundo da baliza . “ No entanto , o primeiro golo que marquei no jogo 4 das finais do ano passado , na Luz , merece ser considerado . É um bom golo , não é dos mais bonitos , mas entra nesta conversa pelo que representa ”, destacou o francês .
ASSISTIR OU MARCAR ? Era uma pergunta que tinha de ser feita , mas a resposta era previsível . “ Tenho de escolher os golos . Os argentinos costumam dizer que ‘ os golos são amores ’ e é assim que também penso . Representam muita felicidade e algo difícil de explicar , porque celebrar um golo com o Dragão Arena cheio é uma sensação única ”. Entre as assistências , Carlo destaca uma desta temporada . “ Lembro-me de uma que fiz para o Ezequiel Mena nesta época , frente à Oliveirense , em que fiquei muito satisfeito . No final do jogo , ainda pensava nesse passe . Saiu bem e fiquei orgulhoso , ainda mais porque também gosto de ver o Mena a marcar ”, admitiu .
PALAVRAS PARA OS MAIS NOVOS Consciente de que há muitos jovens hoquistas a querer chegar ao FC Porto , Carlo Di Benedetto volta a salientar que só com trabalho se pode alcançar este nível . Isso e ver muitos jogos . “ Quando era mais novo vi muitos vídeos de jogados interiores , como descobriam espaço em campo e como finalizavam as jogadas . Não digo para repetirem o que cada um deles faz , mas aproveitem partes de cada jogador para formarem o próprio estilo deles ”, recomenda o francês , admitindo que envergadura lhe confere “ várias vantagens ”: “ É preciso aproveitar as nossas valências e trabalhar muito para automatizar todos esses movimentos para que , quando chegue a hora do jogo , o corpo possa atuar sem que se precise de pensar ”.
60