O MESTRE QUE AINDA NOS FASCINA
TEXTO de DIOGO FARIA
A 7 de janeiro de 1985 , com os diários de Miguel Torga à cabeceira e depois de não ter conseguido desfrutar dos três últimos pedidos – um cálice de whisky , um cigarro e um sumo de laranja –, José Maria Pedroto morreu na casa onde vivia , quase ao lado do Estádio das Antas . Quarenta anos depois , permanece bem vivo no espírito de todos os que com ele lidaram e o admiraram , mas também na memória coletiva de um povo que se revê no exemplo de competência , comprometimento e dignidade do Mestre . Jogador brilhante e treinador extraordinário , impulsionador , com Jorge Nuno Pinto da Costa , de um verdadeiro 25 de abril no futebol português , Pedroto viveu pouco , mas deixou-nos muito . De Almacave ao Porto , com passagens por Matosinhos , Vila Real de Santo António , Lisboa , Coimbra , Póvoa de Varzim , Setúbal e Guimarães , esta é a história de um homem extraordinário que não teve tempo para cumprir o desejo de escrever um livro .
Texto originalmente publicado na edição de janeiro de 2020
30