PROGRAMA 24
REVISTA DRAGÕES
Um homem numa missão
Vistas como um grande sinal de força e como uma demonstração da vitalidade democrática e associativa do FC Porto , as eleições que ditaram a composição dos novos Órgãos Sociais foram de longe as mais participadas da história do clube e essa afluência expressiva serviu para “ dar mais força ao presidente eleito ”, tornando-o “ o presidente de todos os portistas ”.
TEXTO DE MANUEL T . PÉREZ
A 27 de abril , durante onze horas ininterruptas , 70 % dos portistas com capacidade eleitoral ativa exerceram o dever cívico e 21.489 dos 26.876 votantes escolheram André Villas-Boas para a presidência do clube . Os números falam por si . Além de ganhar em todas as 44 mesas de voto , a Lista B fê-lo por larga margem : nas urnas com menor diferença ( 1 e 2 ), foi eleita por 64 % dos sócios ; e na 42 , aquela em que a distância para a Lista A foi maior , recolheu 89 % das preferências . Descontados brancos e nulos , André Villas-Boas obteve 80,28 % dos votos validamente expressos . Legitimado pela vastíssima maioria dos associados , o 32 .º Presidente do FC Porto enfrenta agora uma série de desafios que o programa eleitoral já antecipava . “ É fundamental criar equipas competitivas , formatadas para ganhar em todos os palcos e em qualquer lugar onde o FC Porto se destaque por ser sempre o melhor ”, escreveu o então candidato na abertura do manifesto de 67 páginas . O novo líder máximo do clube aponta ao futuro , por isso quer perceber e antecipar os obstáculos e desafios que lhe são colocados do ponto de vista organizacional e estratégico , tomando decisões que assegurem a sustentabilidade económica , financeira e desportiva da instituição que chefia . A proposta da lista vencedora para o quadriénio 2024-2028 resumia-se em “ dez mandamentos ”: valores , vitória , inovação , saúde financeira , planeamento , Fundação FC Porto , comunicação , integridade , sustentabilidade , ética e transparência . Assumindo como missão o sucesso desportivo e o equilíbrio da situação económico- -financeira , e propondo-se a fomentar a paixão dos adeptos através da construção de um laço único entre o clube e a comunidade , André Villas-Boas reconhece dificuldades no ponto de partida - onde encontra uma “ situação de tesouraria muito difícil ” - , mas mantém a preservação da filosofia desportiva como “ absoluta prioridade ”. Tudo para conseguir “ vitórias nacionais e internacionais assentes numa gestão criteriosa , rigorosa e profissionalizada ”.