xana
alves
guarda redes
ccr dom fuas
dose de coragem com uma pitada de loucura
entrevista
futsal feminino
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Xana Alves
NÃO SOU TODAS/OS QUE OPTAM PELA POSIÇÃO DE GUARDA-REDES. É PRECISO CORAGEM, LOUCURA OU AMBAS?
R: Sem dúvida ambas. Para mim é necessário ter uma dose de coragem com uma pitada de loucura à mistura. Ser suficientemente corajoso para fazer do seu corpo um escudo entre a bola e a baliza e, suficientemente louco quando todas as vezes que a bola bate no escudo e faz mossa, ter a capacidade de não desistir por mais forte que seja a pancada.
O QUE É PARA TI, SER GUARDA-REDES?
R: Ser guarda redes é saber que errou ontem, que erra hoje, mas que está disposto a trabalhar de forma a evitar os erros de amanhã. É sentir a pressão de ser o último jogador e ter que se esforçar ao máximo para evitar que a bola entre na baliza. Ter a capacidade de se concentrar/Focar durante todo o jogo, principalmente após ter sofrido golo.
DESDE QUANDO É QUE NASCEU ESTA PAIXÃO PELO FUTSAL E PELA POSIÇÃO DE GUARDA-REDES?
R: Curiosamente a paixão pelo futsal e pela posição de guarda redes nasceu a partir do andebol. Comecei no desporto escolar no andebol, na altura fui a baliza porque a guarda-redes estava doente e mais ninguém queria ir. Nesses treinos senti-me mais confortável nessa posição que noutra. Nessa época o treinador de andebol era o mesmo que o da equipa de futsal e então convidou-me para fazer uns treinos, por surpresa gostei mais do futsal do que do andebol. A partir daí não larguei o futsal e a posição de guarda-redes.
QUAL É A PIOR PARTE DE SER GUARDA-REDES, AS NÓDOAS NEGRAS OU VER A BOLA NO FUNDO DAS REDES?
R: Para mim não é as nodoas negras nem ver a bola no fundo das redes, mas sim, chegar ao final do jogo e sentir que por mais que me tenha esforçado não ter sido suficiente. Pensar sempre que podia ter feito mais e melhor e não o fiz.
QUAL FOI O PIOR COMENTÁRIO QUE OUVISTE SOBRE TI?
R: Nunca fui muito de ligar a comentários, tanto que de momento não me lembro de nenhum. Ligo mais a gestos e reações, por exemplo, o facto de estares a dar tudo de ti e muitas vezes fazeres as coisas de uma maneira, mas deverias fazer de outra e no momento não tens tempo para pensar, mas sim reagir, e acabas por ver ou ouvir coisas que não são as mais agradáveis.