Em agosto, na cidade de Salvador (onde eu moro atualmente),
todas as pessoas foram informadas que existia NUDEZ no espetá-
culo. As mães e pais (muito bem resolvidos), levaram suas/seus
filhas, filhos e juntes realizaram um espetáculo incrível, as crianças
presentes se envolveram tanto na ideia da manipulação do corpo,
e, elas mesmas começaram a se manipular em uma brincadeira
cênica. Foi doce, pueril e mais uma vez uma experiência de espe-
rança. Em setembro, a obra (re) torna a cidade de São Paulo (onde
eu estava de férias), e como aconteceu em Salvador, na cidade de
São Paulo, as mães e pais foram avisados e não encontraram pro-
blema em participar da experiência cênica com seus menores,
realizando assim, mais uma vez uma experiência linda e incrível ao
lado desse artista FENOMENAL.
O que é estranho nisso tudo?
As pessoas não assistirem, não participarem da experiência estéti-
ca e se acharem no direito de oferecer algum palpite, palpite sim,
pois opinião se dá quando se tem conhecimento. Na doença do
like ou emoticon da raivinha, as pessoas protegidas pelas telas de
seus computadores demostraram “suas” predileções, na ânsia do
espaço destinado a comentários as pessoas vomitam seus achis-
mos conservadores, na burrice do espaço do compartilhar sem
necessariamente ter de (re) escrever, as pessoas replicam uma
ideia que não são delas, mas que pela manipulação midiática
acreditam precisar se posicionar tal e qual sem reflexão.
Outra coisa que nos assusta.
Um jornalismo ordinário, reacionário, sensacionalista sendo
vinculado contaminando como um vírus no facebook. Sem crité-
rio da veracidade, pois o discurso perdeu tino da argumentação
onde as premissas apoiam suas conclusões. As falácias desse jor-
DIV
ERSI
FICA
DIVERSIFICA 47