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dificilmente com os seus rendimentos), os que têm baixos níveis de escolarização
(11% dos que têm apenas até ao 9º ano de escolaridade) e os desempregados (9,7%)
que mais declaram nunca aceder à internet.
Por outro lado, a dimensão social da net surge realçada: a utilização de redes
sociais aparece destacada um primeiro lugar (76,9%), à frente de outras atividades
como “enviar e receber emails” (69,6%) e “procurar informações sobre eventos,
produtos, ou serviços” (57,4%).
Uma vez mais, o grupo etário dos jovens (15-24) destaca-se em relação à faixa
dos jovens adultos (e a todos os escalões etários sucessivos) em termos da incidência
de atividades de carácter comunicativo como “comunicar em tempo real” (+13,3%
do que os jovens adultos) ou “usar as redes sociais (+6,6%); acesso a conteúdos
lúdicos como “fazer download de filmes, música ou séries de televisão” (+18,9%),
“ouvir rádio ou música” (+12,9%), “ver filmes ou programas de televisão em tempo
real” (+10,6%), e “jogar jogos de computador” (+10,2%).
Os jovens adultos, por sua parte, são aqueles que, face a todos os outros grupos
etários, mais utilizam a internet de forma utilitária para procurar informação sobre
eventos, produtos ou serviços (66%), comprar ou encomendar produtos ou serviços
(25,7%), e vender produtos ou serviços (10,3%). São também o escalão etário que
mais produz conteúdos para websites ou blogs (13,6%).
De igual modo, há diferenças que remetem para padrões de socialização de
género: constata-se que há atividades com uma maior incidência entre a população
feminina, sendo que as mulheres destacam-se face aos homens nas atividades de
pesquisa e leitura.
Os homens, por sua vez, sobressaem nas finalidades de acesso a alguns
conteúdos lúdicos, nomeadamente “fazer download de filmes, música ou séries de
televisão” (40,7% vs. 35,6%), “ver filmes ou programas de televisão em tempo real”
(35,8% vs. 28,9%), mas sobretudo “jogar jogos de computador” (61,8% vs. 45,7%).
Finalmente, constatam-se distinções consoante a condição perante o trabalho:
os trabalhadores possuem maior poder de compra do que estudantes e
desempregados, destacando-se, assim, face aos restantes jovens nas atividades de
acesso à informação, em particular no upload de conteúdos e na utilização da internet
para a compra e venda de bens.
Mas a própria ideia de que os territórios seriam planos, aparece desmentida pelos
dados:
Quadro III – Proporção de agregados domésticos privados com pelo menos um indivíduo com idade entre
16 e 74 anos e com ligação à Internet em casa através de banda larga (%) por Grau de
urbanização
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