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Ano 1 | Nº 1 | Outubro 2015

Hannah Arendt (1906-1975)

Em primeiro lugar, não gostamos de ser chamados “refugiados”. Chamamo-nos

uns aos outros “recém-chegados” ou “imigrantes”. Os nossos

jornais são jornais para “americanos de língua alemã”; e, tanto

quanto sei, não há e nunca

houve qualquer clube fundado pelos perseguidos

por Hitler cujo nome indicasse que os seus membros são refugiados.

Um refugiado costuma ser uma pessoa obrigada a procurar refúgio devido a algum acto cometido ou por tomar alguma opinião política.

Bom, é verdade que tivemos que procurar refúgio; mas não cometemos nenhum acto e a maioria de nós nunca sonhou em ter qualquer opinião política radical. O sentido do termo “refugiado” mudou connosco.

Agora “refugiados” são aqueles de nós que chegaram à infelicidade de chegar a um novo país sem meios e tiveram que ser ajudados por comités de refugiados. Antes desta guerra começar eramos ainda mais sensíveis quanto ao sermos chamados refugiados. Demos o nosso melhor para provar aos

outros que eramos apenas imigrantes comuns. Afirmávamos que tínhamos partido pela nossa própria vontade para países da nossa escolha e

negávamos que a nossa situação tivesse algo a ver com “supostos problemas judaicos”. Sim, erámos “imigrantes” ou “recém-chegados” que tínhamos deixado o nosso país porque, num belo dia, não nos convinha mais ficar, ou puramente por razões económicas. Queríamos reconstruir

as nossas vidas, isso era tudo. De modo a reconstruir a vida tem que se ser forte e optimista. Portanto, erámos bastante optimistas. (...)

(...) Os refugiados fogem de país para país representado a vanguardas dos seus povos – se mantiverem a sua identidade. (...)

Nós, os refugiados (1943)

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ARTIGOS

Direito Internacional dos Refugiados:

Thais Silva Menezes

OPINIÃO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Por Marielle Souza e Ana Paula

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Refugiados Ambientais:

Anne Fernanda Rocha