IRA
saudades, que zelo, que vingança!" (2 Coríntios
7:11). O homem que pecou foi libertado deste
pecado, restaurado ao Senhor, e a própria igreja
foi preservada de uma espiral descendente em
direção a uma maior indulgência do pecado.
Inquestionavelmente Distorcida
A ira hostil, prejudicial e pecaminosa, sentese
com direito de ser fria, perigosamente
explosiva ou presunçosa. Essa raiva orgulhosa
ataca as pessoas, e não seus problemas, e visa
machucar em vez de ajudar. A raiva pecaminosa
está no centro de todos os nossos conflitos
interpessoais e nos afasta uns dos outros.
Nossa natureza pecaminosa está sempre pronta
a distorcer o certo e o errado e a deformar a
ira legítima para satisfazer seu próprio senso de
justiça; tornar "mal por mal", dor por dor, insulto
por insulto (1 Pedro 3:9). Embora poucos de nós
admitam que nos iramos pecaminosamente,
nossas atitudes e ações nos expõem. Isso
inclui hostilidade direta, "na cara", evasão
passivo-agressiva e retenção de amor, além de
fofocas, que incluem compartilhar os pecados
e deficiências de nossos inimigos, para que
outros pensem menos deles. Mesmo sem dizer
nada, a mente pecaminosamente irada fica
ressentida com o que foi dito ou feito, e ensaia
cenários imaginários de respostas vingativas
que deveriam ter sido ditas no momento, e
conspiram para humilhar no futuro.
Empregada Enganosamente
Mesmo que algo que desejamos possa ser
bom, se estivermos dispostos a desencadear
alguma forma de ira pecaminosa para obtê-lo,
Tiago diz que somos "de coração dobre"; nós
não estamos servindo ao Deus vivo. Em vez
disso, estamos apenas servindo a nós mesmos.
É somente através de bons métodos que
podemos alcançar com retidão os bons anseios
que temos por nossos casamentos, famílias
e igrejas locais. O uso tático, pelos pecados
da carne, dos "fins que justificam os meios" e
da raiva pecaminosa para forçar os resultados
desejados está usurpando o controle soberano
de Deus. É nesse ponto que Deus nos encontra
com Sua Palavra e pergunta: "Tu, porém, quem
és, que julgas a outrem?" (Tiago 4:12). "Há
só um Legislador." Por fim, precisamos nos
arrepender e restabelecer o governo de Deus
em nossos corações, e sermos tanto bons como
irados.
Combinada com a Humildade
Quando Jonas disse ao Senhor: "Pois sabia que
és Deus piedoso e misericordioso, longânimo
e grande em benignidade" (Jonas 4:2), ele
estava reconhecendo que Deus restringiria
Sua ira contra Nínive, e os ofereceria Sua
misericórdia e amor. Ira misericordiosa se
importa. Embora ela odeie o que é errado, é
"grande em benignidade". Antes de se chegar
ao ofensor, ela pacientemente permanece na
presença do Senhor e perdoa o ofensor de
coração, procurando evitar ressentimento e
justiça própria (Mateus 18:35). Ela suporta; não
retalia como uma vítima ressentida, exigindo
um pedido de desculpas ou infligindo de volta o
tipo de dor que recebeu.
A boa ira entende que, embora a reconciliação
completa e justa exija arrependimento
e restituição (Lucas 17:3-4), esses
comportamentos desejados podem nunca
ocorrer. Ela sempre confronta o pecado de
forma construtiva, faz o que pode e, então,
se extingue antes que o sol se ponha (Efésios
4:26). Além disso, ainda tira o melhor proveito
de todas as situações e concede perdão
relacional ao ofensor, deixando com Deus as
questões de arrependimento e restituição. Ela
escolhe amar seus inimigos e fazer o bem a eles.
Faz tudo isso porque acredita verdadeiramente
que "O caminho de Deus é perfeito" (Salmo
18:30), e Ele terá a palavra final.
Diante de decepções diárias, frustrações e
tristezas ao longo da vida que nunca podem
ser resolvidas, apenas a graça de Deus pode
nos transformar à imagem de Cristo. Portanto,
quando necessário, podemos ser bons e irados,
e não maus e rabugentos (Filipenses 2:3).
Considere o modelo perfeito de Cristo: "O qual,
quando o injuriavam, não injuriava e, quando
padecia, não ameaçava, mas entregava-se
àquele que julga justamente" (1 Pedro 2:23).
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