Dilemas Cristãos | Page 13

IRA saudades, que zelo, que vingança!" (2 Coríntios 7:11). O homem que pecou foi libertado deste pecado, restaurado ao Senhor, e a própria igreja foi preservada de uma espiral descendente em direção a uma maior indulgência do pecado. Inquestionavelmente Distorcida A ira hostil, prejudicial e pecaminosa, sentese com direito de ser fria, perigosamente explosiva ou presunçosa. Essa raiva orgulhosa ataca as pessoas, e não seus problemas, e visa machucar em vez de ajudar. A raiva pecaminosa está no centro de todos os nossos conflitos interpessoais e nos afasta uns dos outros. Nossa natureza pecaminosa está sempre pronta a distorcer o certo e o errado e a deformar a ira legítima para satisfazer seu próprio senso de justiça; tornar "mal por mal", dor por dor, insulto por insulto (1 Pedro 3:9). Embora poucos de nós admitam que nos iramos pecaminosamente, nossas atitudes e ações nos expõem. Isso inclui hostilidade direta, "na cara", evasão passivo-agressiva e retenção de amor, além de fofocas, que incluem compartilhar os pecados e deficiências de nossos inimigos, para que outros pensem menos deles. Mesmo sem dizer nada, a mente pecaminosamente irada fica ressentida com o que foi dito ou feito, e ensaia cenários imaginários de respostas vingativas que deveriam ter sido ditas no momento, e conspiram para humilhar no futuro. Empregada Enganosamente Mesmo que algo que desejamos possa ser bom, se estivermos dispostos a desencadear alguma forma de ira pecaminosa para obtê-lo, Tiago diz que somos "de coração dobre"; nós não estamos servindo ao Deus vivo. Em vez disso, estamos apenas servindo a nós mesmos. É somente através de bons métodos que podemos alcançar com retidão os bons anseios que temos por nossos casamentos, famílias e igrejas locais. O uso tático, pelos pecados da carne, dos "fins que justificam os meios" e da raiva pecaminosa para forçar os resultados desejados está usurpando o controle soberano de Deus. É nesse ponto que Deus nos encontra com Sua Palavra e pergunta: "Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?" (Tiago 4:12). "Há só um Legislador." Por fim, precisamos nos arrepender e restabelecer o governo de Deus em nossos corações, e sermos tanto bons como irados. Combinada com a Humildade Quando Jonas disse ao Senhor: "Pois sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade" (Jonas 4:2), ele estava reconhecendo que Deus restringiria Sua ira contra Nínive, e os ofereceria Sua misericórdia e amor. Ira misericordiosa se importa. Embora ela odeie o que é errado, é "grande em benignidade". Antes de se chegar ao ofensor, ela pacientemente permanece na presença do Senhor e perdoa o ofensor de coração, procurando evitar ressentimento e justiça própria (Mateus 18:35). Ela suporta; não retalia como uma vítima ressentida, exigindo um pedido de desculpas ou infligindo de volta o tipo de dor que recebeu. A boa ira entende que, embora a reconciliação completa e justa exija arrependimento e restituição (Lucas 17:3-4), esses comportamentos desejados podem nunca ocorrer. Ela sempre confronta o pecado de forma construtiva, faz o que pode e, então, se extingue antes que o sol se ponha (Efésios 4:26). Além disso, ainda tira o melhor proveito de todas as situações e concede perdão relacional ao ofensor, deixando com Deus as questões de arrependimento e restituição. Ela escolhe amar seus inimigos e fazer o bem a eles. Faz tudo isso porque acredita verdadeiramente que "O caminho de Deus é perfeito" (Salmo 18:30), e Ele terá a palavra final. Diante de decepções diárias, frustrações e tristezas ao longo da vida que nunca podem ser resolvidas, apenas a graça de Deus pode nos transformar à imagem de Cristo. Portanto, quando necessário, podemos ser bons e irados, e não maus e rabugentos (Filipenses 2:3). Considere o modelo perfeito de Cristo: "O qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente" (1 Pedro 2:23). 13