diario de bordo | Page 32

P á g i n a | 32 “O conto fala sobre um menino pobre chamado André. A mãe do menino adoece e o menino tem um encontro com uma tartaruga. A parte que mais gostei foi do encontro do menino com a tartaruga. Eu gostei de vários personagens: a tartaruga, o menino e a mãe. Eu indicaria o livro porque é interessante e prende a atenção”. (Tatiane. Livro: O pó do crescimento e outros contos) “O livro fala sobre uma tribo no Zimbabue. O chefe da tribo era bondoso é sábio. A parte que eu mais gostei é aquela que fala sobre o chefe da tribo, o Tangwena. Depois de uma parte o conto começou a ficar chato. O personagem que mais gostei foi o chefe. Sim, eu indicaria um livro para um amigo, porque gostei muito, mesmo que algumas páginas sejam chatas”. (José. Livro: Nyangara Chena: A Cobra Curandeira) A VOZ DA PROFESSORA O momento mais esperado da sala de leitura é, sem dúvida, a escolha livre dos livros que eles gostariam de ler hoje. Logo mais trago o relato de alguns livros escolhidos e lidos. Ao final, depois que todos haviam escolhido e lido os livros, sentei-me em uma das mesas para mostrar para uns dois alunos um livro bem interessante que temos na sala de leitura. Na verdade já havia apresentado o tal livro para eles em outra aula, mas ninguém se interessou em lê-lo. Talvez a falta de interessa tenha se dado pela característica peculiar do livro — é repleto imagens e não tem uma única palavra. Informalmente e voluntariamente, um e outro aluno foi se achegando. Logo a mesa que tem espaço para cinco pessoas sentadas, já estava repleta de alunos (todos em pé). A cada página, uma leitura. Todos queriam fazer a sua leitura e levantar as hipóteses sobre o que estava diante de seus olhos. As mãos se apressavam para a próxima página. Finalmente chegamos ao final do livro, lá há uma relação de datas e fatos relacionados a cada imagem apresentada no livro. Algumas hipóteses confirmadas, outras nem tanto. Na verdade isso é o que menos importa. Chegamos onde queríamos: todos eles perceberam que podem ler, mesmo aqueles que sentem alguma dificuldade com as letras.