Detectives Selvagens 2- Medo | Page 44

Elia peattie (tradução de andré mendes) Não obteve resposta, mas julgou que Tim o seguia. Foi só quando entregou a sua crítica ao editor que reparou que estava sozinho, e voltou atrás para o ir buscar. Não passou da porta, pois, enquanto estava no corredor e olhava para a sala escura, viu diante do seu amigo uma forma delicadíssima, de um branco puro e etéreo, que lhe invocava a ideia da personificação do bem. Emanava uma radiância suave e um perfume leve. Impávido, de olhar fixo, estava Tim. Era estranho que uma imagem tão profundamente bela paralisasse Dodson, provocando um arrepio tão intenso e desconfortável. Foi só reunindo toda a coragem dentro de si que conseguiu devolver a luz à sala, precipitando-se para o seu amigo. Tim estava imóvel e completamente branco. Levaram-no para casa, onde lhe foram prestados todos os cuidados necessários para o tentar recuperar do choque. Quando finalmente Tim reuniu condições para se erguer e explicar o que tinha visto, sentou-se à beira da cama. Dodson, sentado ao lado dele, disse-lhe: “Aquela tua exibição era algum truque de magia, meu sacana? Ou será que te tornaste um dos alvos preferidos do 44