Elia peattie (tradução de andré mendes)
Não obteve resposta, mas julgou que Tim o seguia.
Foi só quando entregou a sua crítica ao editor que reparou
que estava sozinho, e voltou atrás para o ir buscar.
Não passou da porta, pois, enquanto estava no
corredor e olhava para a sala escura, viu diante do seu amigo
uma forma delicadíssima, de um branco puro e etéreo, que
lhe invocava a ideia da personificação do bem. Emanava uma
radiância suave e um perfume leve.
Impávido, de olhar fixo, estava Tim.
Era estranho que uma imagem tão profundamente
bela paralisasse Dodson, provocando um arrepio tão intenso
e desconfortável. Foi só reunindo toda a coragem dentro de
si que conseguiu devolver a luz à sala, precipitando-se para o
seu amigo. Tim estava imóvel e completamente branco.
Levaram-no para casa, onde lhe foram prestados
todos os cuidados necessários para o tentar recuperar do
choque.
Quando finalmente Tim reuniu condições para se
erguer e explicar o que tinha visto, sentou-se à beira da cama.
Dodson, sentado ao lado dele, disse-lhe:
“Aquela tua exibição era algum truque de magia, meu
sacana? Ou será que te tornaste um dos alvos preferidos do
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