SÉRGIO MAK COSTA
podia dizer que cheirava mal ao pé dele. Os estudantes,
provenientes de vários pontos do país e alguns até do
estrangeiro fizeram novamente todo o tipo de testes, sem
chegar a qualquer conclusão mas com direito a muitas
especulações. Os estudos foram no entanto interrompidos
quando um estudante alemão, já a noite ia longa e o álcool
lhe aquecia as veias, tentou atropelar Jorge Bonifácio com a
sua mota. Dizem alguns que a mota foi desviada, ao passo
que outros garantem que foi a bebedeira a fazer derrapar,
quer o motociclo quer o alemão. Fosse qual fosse a versão
verdadeira, os responsáveis locais puseram fim à brincadeira
no dia seguinte e expulsaram os estudantes pouco tempo
depois. A verdadeira razão por detrás dessa decisão teve que
ver com o facto de Bonifácio se começar a tornar fonte de
receita para o turismo local, pois a palavra ia passando, os
visitantes iam aparecendo e havia que proteger os interesses,
primeiro de Jorge, obviamente, mas também os da sua
localidade, que tanto tinha feito para o proteger.
As primeiras medidas foram um gradeamento e um
sistema de acesso controlado. A família tinha um passe
especial, tal como certos responsáveis e autoridades locais,
mas tudo o resto tinha que passar pelo gabinete de Turismo e
Observação de Transeuntes em Estado Mapeado (TOTEM).
Escusado será dizer que o TOTEM foi criado especialmente
para lidar com o fenómeno Jorge Bonifácio. A população
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