EDITORIAL
“Alegres, de riso enfiado no bolso que não têm, cantam
seu labor de pernas arquejadas, triunfantes pontes entre
tempos, ritualizando o sagrado que inalam com narizes
petizes de uma nova era, sempre velha”, são assim os que nos
escrevem, artistas convidados para uma estreia que não
podia começar de outra forma. Da poesia ao conto, esta
primeira edição passa pelas pessoas simples, pela ausência,
por poetas que choram, por homens que param o tempo, por
ementas alternativas e por vidas interiores, entre quartos,
prisões e corpos que nos prendem (ou libertam). E passa
pelo vinho também, já agora.
Queremos agradecer a todos os que responderam
positivamente a este desafio, mesmo aos que acabaram por
não aparecer nesta primeira edição. Todos aceitaram entrar
nesta pequena loucura, sem colocarem nem saberem
condições, numa demonstração de confiança e respeito
mútuo.
No próximo número queremos ter mais gente conhecida
e desconhecida, mais textos que desafiem as convenções.
Acreditamos que vamos recebê-los. Contamos convosco.
Os editores
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