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porção humana desde o período clássico parecem ser ignorados ou
carregam com eles a falta de repertório cultural e técnico e continuam,
modificados, resultando em uma base para o desenho de vestuário que
muitas vezes, com a ideia de que podem desenvolver coleções sem o
não chega a ter um caráter de croquis ou ilustração. Esses estudos tam-
compromisso com o design. Outro fator complicador neste cenário são
bém não têm as atribuições necessárias para um desenho que precisará
os profissionais que aprovam a entrada desses alunos nas empresas (Ca-
ter especificações em relação a sua confecção.
marena, 2008).
Quaisquer que sejam seus ideais, os designers de moda preci-
O desenho de modelos de vestuário com intenção ilustrativa
sam do parâmetro de realidade, conhecendo o corpo humano e suas
seduz e é um facilitador em algumas empresas de moda nas avaliações
interações com os tecidos e as roupas (Jones, 2005).
de candidatos. Cabe dizer que há uma tendência a acreditar que apenas
esse tipo de desenho é suficiente para o desenvolvimento de coleções,
Os cursos de moda não costumam fazer com que os alunos raciocinem
além de ser bastante valorizado por ter o traço do designer de moda.
de forma científica. Chegam apenas ao protótipo dos modelos sem o
compromisso com sua funcionalidade e adequação ao corpo humano
micos e pelo mercado, pode ocorrer devido a melhor aceitação
(Fornasier; Martins; Demarchi, 2010: 127).
das técnicas tradicionais do desenho e da pintura. Talvez por ser algo
que acompanhe a cultura humana por mais tempo e esteja mais próxi-
Esses alunos são os que ingressam no mercado de moda e
A aceitação desse tipo de representação ilustrativa pelos acadê-
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