De Pompei a Pompeia De Pompei a Pompeia - Miolo - A5 136pag | Page 56
O final do século XIX e as décadas do século XX presencia-
ram uma febre do espírito missionário europeu. Entre as várias
causas, podemos apontar a preocupação da Igreja Católica em
defender-se contra a grande expansão das seitas de origem lute-
rana, que, além de se multiplicarem, dispunham de patrocina-
dores americanos e europeus e que se dispuseram à luta, numa
campanha proselitista. Não faltaram os bate-bocas entre párocos
católicos e pastores protestantes. Desafiavam-se mutuamente na
cátedra, no púlpito e, mais recentemente, nos alto-falantes dos
templos e igrejas. A preocupação dos prelados brasileiros era
dar assistência aos fiéis e defendê-los contra os “falsos pastores”,
segundo expressão da época. Os bispos brasileiros competiam
entre si na procura e busca de novos missionários. para suas
dioceses.
[[IMAGEM Província dos Capuchinhos em MG]]
Os capuchinhos receberam convite de vários bispos brasilei-
ros. O boletim interno da Província dos Capuchinhos de Minas
Gerais, Vida Nossa, em seu número 36, traz-nos um relato das
várias tentativas dos bispos brasileiros para trazer os capuchi-
nhos de Messina para cá. A primeira tentativa ocorreu por parte
do administrador apostólico da Diocese de Corumbá, no Mato
Grosso, Dom Pedro Massa, oferecendo-lhes uma ou duas paró-
quias. Entretanto, Frei Melchiori de Beniza, ministro geral da
ordem capuchinha, não quis condescender ao pedido do provin-
cial de Messina, Frei Lourenço de Castelbuono, a 20 de janeiro
de 1928.
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