De Pompei a Pompeia De Pompei a Pompeia - Miolo - A5 136pag | Page 32
Ravena para a Serra da Piedade, como capelão do santuário que
despontava e era dedicado à Nossa Senhora da Piedade. De 1856
até 1871, tornou-se o guardião desse santuário. Pregava, confes-
sava e a todos dava o exemplo de austeridade e santidade de vida.
Dom Joaquim Silvério de Souza, primeiro bispo de Diamantina,
assim se expressou sobre o Frei Ravena: “(...) Nós nos referimos
ao sábio e virtuoso Frei Luís de Ravena. (...) mereceu verdadeiros
elogios por parte do célebre Warning. Tradicional é sua fama de
vida modelo. (...) reconstruiu a igreja da Piedade, (...) comprou
uma casa com terreno ao pé da serra e reformou-a completa-
mente para que a mesma servisse de repouso para os missioná-
rios de passagem”.
Essa casa e o local todo, ainda hoje, recebem freis capuchi-
nhos para alguns dias de descanso ou mesmo de retiro espiri-
tual. No final de abril de 1986, Frei Maurício Chagas Pinto, atual
diretor executivo do Instituto Nossa Senhora de Pompeia, esteve
lá descansando e fazendo um retiro espiritual.
Frei Ravena difundiu a devoção a Nossa Senhora da Piedade
(Addolorata) e fez do santuário um centro espiritual dos mais
procurados pelos fiéis e devotos para receberem sacramentos,
conselhos e conforto espiritual. Frei Ravena ainda foi responsável
por conversões, regularização de famílias e incentivo à prática da
fé cristã. A 11 de janeiro de 1871, entregou sua alma a Deus, sere-
namente, junto ao santuário. Segundo os dizeres do bispo Dom
Joaquim Silvério de Souza: “(...) a igreja da Piedade abriu suas
portas para receber os venerandos restos mortais do humilde
capuchinho que, com duros golpes de disciplina, havia banhado
com seu sangue as pedras daquela montanha sagrada”. O dia 11
de janeiro ficou marcado no santuário da Piedade como o dia do
perdão, pois a Santa Sé concedeu a indulgência plenária a todos
aqueles que comungassem no santuário da Serra da Piedade, na
data de 11 de janeiro.
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