De Pompei a Pompeia De Pompei a Pompeia - Miolo - A5 136pag | Page 26
dia do princípio e do fim. Também apontar os serviços
mais relevantes e as coisas dignas de observação, para
o padre prefeito lançar no livro competente do arquivo.
15. Quando cavalgar, vista uma calça, recolha um
pouco o hábito no cordão e deixe-o cair debaixo dos
joelhos para ficar composto.
16. Deve mostrar-se desinteressado e indiferente a
toda política secular sendo a d’eles a de Jesus Cristo,
para evitar escândalos e parcialidades, tratando geral-
mente todos com afabilidade, polidez e mansidão.
A missão geralmente terminava com o erguimento de um
cruzeiro na colina mais próxima do povoado. Era uma grande
cruz, levantada no adro da igreja, nos cemitérios, nas praças ou
em outro lugar, geralmente como lembrança da missão ou de
outra pregação especial ou ainda como comemoração de alguma
festa religiosa especial.
Segundo os capuchinhos, à época, o Brasil encontrava-se divi-
dido em prefeituras religiosas, as quais organizavam os missio-
nários. Nessa medida, Minas Gerais, antes de ser vice-prefeitura,
recebeu missionários ambulantes do Rio de Janeiro. Vamos veri-
ficar mais pormenorizadamente alguns nomes e seus trabalhos.
Frei Francisco de Coriolano
Escreveu um opúsculo sobre Nossa Senhora do Bom Conse-
lho. Aprendeu o português tão bem que podia pregar em qual-
quer cidade. Trouxe da Itália frei Eugênio de Gênova e o irmão
leigo frei Arcângelo de Nápolis e, juntos, percorreram Ouro Preto,
Pouso Alegre, São Bento de Sapucaí (1848–49), Caldas e Campes-
tre. Ele pregou missões em Casa Branca, Laconde, Porto de São
Francisco, São João Nepomuceno, Santana do Rio Acima (hoje
Itaúna). Em 1854, pregou em São Gonçalo e Curral D’El Rey, onde
fez uma via sacra em tamanho natural numa área de 1.600 m².
Passa depois por Antônio Dias de Outro Preto. Ali, no final da
missão, ergueu, no pico do Taquaril, um cruzeiro imenso. Passou
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