Date a Home Magazine | Mar / Abr 2014 | Page 74

é o exagero na medida certa, e é isso que também faz a diferença!”

Apologista de que “é pelos momentos que nos falta a respiração que vale a pena respirar”, Pedro Chagas Freitas desbloqueia emoções, impulsiona ação, apela à exaltação dos sentidos e do sentir. Chagas escreve sobre a vida, e a vida é amor. Essencialmente transforma com criatividade, em palavras, o sentimento por excelência que é o amor. Porque na vida, afinal tudo é amor, ou desamor, pelo outro ou próprio, mas tudo é amor. É a capacidade de traduzir em palavras aquilo que por vezes custa a traduzir ou a definir. É a transição do sentir à flor da pele para o papel. É todo um mundo sensorial que se escreve, se pensa, se cria e recria. Pedro Chagas diz que escrever sobre o amor não tem que ser piroso. “Eu só escrevo sobre amor. O amor é um impulso para tudo! Tudo o que faço, tudo o que escrevo tem esse fio condutor. Do amor, da paixão, da vontade, do desejo. Tudo isso tem de estar presente. O que move as pessoas é isso, é o amor.”

Incrível?!... Definitivamente sim! Quando palavras despertam emoções, pensamentos e desencadei-am ações, estamos perante um pessoa realmente incrível e um verdadeiro caso de sucesso e de astúcia, que diariamente viaja ao intimista mundo sensorial de cada um dos seus milhares de leitores e seguidores.

REPORTAGEM | Personalidades | Pessoas Incríveis Não Surgem Por Acaso

BREVE RETRATO DE UMA PESSOA INCRÍVEL

“PEDRO CHAGAS FREITAS é um palerma. Foi com palermice que escreveu mais de 150 obras de todos os géneros – 21 das quais já publicadas. Foi com palermice que venceu prémios literários desde o início da sua carreira. Foi com palermice que inventou o ilusionismo linguístico – através do qual tem conduzido, por entre jogos e legos e copos partidos, milhares de pessoas pelos caminhos da escrita. Foi com palermice que foi, ou talvez ainda seja, redactor publicitário, jornalista, cronista, guionista, criador de jogos, humorista, editor, chefe de redacção – e também operário fabril, nadador-salvador, barman e porteiro de bar. Acredita que a única coisa que deve ser levada a sério é a brincadeira. E cumpre-o diaria-mente. Até nesta autobiografia que acabou de escre-ver.”

bpm's: OBRA DE ELEIÇÃO?

Pedro Chagas Freitas: Os filhos preferidos são o último e o primeiro… “In Sexus Veritas” e “Mata-me”.

bpm's: FRASE DE ELEIÇÃO?

Pedro Chagas Freitas: E viva a pornografia de estar vivo. E adorar!

bpm's: FILOSOFIA DE VIDA?

Pedro Chagas Freitas: É pelos momentos que nos falta a respiração que vale a pena respirar.

bpm's: LOUCO OU PALERMA?

Pedro Chagas Freitas: Palerma! Só um palerma faz algumas das coisas que fiz e que escrevi. Eu não consigo parar de escrever. Escrevo muito… E sou também palerma por me expor desta forma, mas enquanto sentir que faz sentido e que é assim que me sinto bem vou continuar, porque é o que sinto que tenho que fazer.

bpm's: FALAR OU ESCREVER?

Pedro Chagas Freitas: Escrever! Eu costumo dizer que escrever é pensar. Escrever é a minha praia.

bpm's: AMOR OU PAIXÃO?

Pedro Chagas Freitas: Paixão. Porque a incluo dentro do amor. Acredito que o amor é uma forma de paixão, é uma paixão que cresceu, se calhar… Este é um debate que nos dava para uma vida!

bpm's: SER OU SENTIR?

Pedro Chagas Freitas: Sentir. Eu sou mais pelo sentir! Ou é tudo ou não vale nada!

bpm's: É TUDO OU NÃO VALE NADA?

Pedro Chagas Freitas: É tudo ou não vale nada! Não suporto estar sempre na mesma, no mais ou menos, no cinzento, na tal sub-felicidade. Não acredito na sub-felicidade, acredito até mais na infelicidade porque me obriga a agir para dar a volta, para mudar.

bpm's: É FELIZ?

Pedro Chagas Freitas:“Não existem contos de fadas, disse a fada.” Todos os dias acredito em contos de fadas, mas é muito complicado… Se existe felicidade? Às vezes é isso mesmo, é ser capaz de não estar feliz e mesmo assim continuar em busca da felicidade!

AUTOBIOGRAFIA

74