Date a Home Magazine | Mar / Abr 2014 | Page 73

ao longo de um ano. Para além disso, surgirão a curto prazo ainda outros, nomeadamente uma aplicação para iPhone, iPad e Android de um jogo que trabalha a ortografia e o raciocínio lógico, bem como a Fábrica de Escrita, jogo de tabuleiro que trabalha várias destrezas associadas à escrita e do qual se prevê um forte impacto junto dos mais jovens e das escolas.

No fundo este permanente desassossego é tam-bém o trampolim para saltar para outros níveis de satisfação profissional. Fazer mais, chegar mais longe. É uma constante insatisfação que lhe vai abrindo caminho para um notável crescimento. “Existe um verdadeiro abismo entre o que escrevia há dois anos e o que escrevo hoje. Se é melhor ou pior não faço ideia, mas é um abismo porque sou outra pessoa também. Por isso me custa perceber como é que alguns autores con-seguem manter sempre a mesma linha literária. Eu estou sempre a inventar. Quero narrar novas formas, criar novas formas de entregar o perso-nagem ao leitor. É este desassossego que me alimenta! Escrever é a minha vida. É para mim uma necessidade. É impossível não o fazer. Ficar um ou dois dias sem escrever já é complicado. É uma necessidade urgente e essa necessidade tem que ser suprida.”

Escreve como vive, de forma muito intensa. É-lhe conhecida a frase “Entre a loucura e a poesia: assim tenho de ser. Como a vida tem de ser”. E é assim que partilha aquilo que de melhor faz que é escrever. Escrever sem qualquer tipo de contenção, sem limites, sem barreiras. “Escrevo tudo o que sinto. Se houver algum tipo de contenção já estou a fazer mal aquilo que acho que é a minha missão, que é colocar no que escrevo tudo aquilo que acredito que é a vida. E a vida muitas vezes é exagerada, no bom e no mau sentido. Não tenho que ter esse tipo de repressão psicológica e literária. Acredito que em alguns momentos esse exagero possa ser demasiado, ser desmedido, mas gosto de dizer que a felicidade é

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