Date a Home Magazine | Mar / Abr 2014 | Page 145

Entrevista | Arrendar Porto Com Paixão | REGIÕES

dado pelo poder local, atiraram os profissionais da cidade para limbos de criação absolutamente defi-citários. Falar de profissionais neste setor no Porto é quase falar de pessoas que vivem no limiar da sobrevivência humana mas que, apesar de tudo, lutam dia-a-dia pela dignificação de um setor que consideramos essencial ao desenvolvimento har-monioso da nossa cidade. O resto do país não so-frerá tanto as vicissitudes próprias do que acabo de referir, mas a verdade é que o setor vive há anos em crise e hoje mais do que nunca – apesar de ser um setor que muito contribui para o PIB nacional – é uma vítima agravada da crise que a todos afeta.

Do tempo que passa no Porto, o que é que nunca pode faltar no seu dia-a-dia?

O convívio no café do bairro.

Descreva o Porto em três palavras e tente justifi-car?

Porto cidade de liberdade, de solidariedade. Cida-de humana.

Basta olhar a história de Portugal para perceber a importância do Porto nos movimentos que trans-formaram o país a a sua vida.

Solidária é a cidade que se coloca na linha da frente no respeito dos valores coletivos. Aqui somos so-beranos do nosso destino. E o nosso destino é o des-tino de todos e não apenas de alguns.

Humana é a vida que dia-a-dia refaz a nossa histó-ria… dos pequenos nadas do quotidiano até à partilha dos maiores momentos comuns (não será por acaso que a festa do s. João é a mais democrática das festas que conheço)

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