Date a Home Magazine | Mar / Abr 2014 | Page 126

o carro para me dirigir a um escritório, estúdio ou ginásio, perder o tempo de viagem e de estacio-namento, tenho tudo no mesmo local, basta-me subir ou descer a escada e aproveito muito me-lhor o pouco tempo em que estou em casa.

Gosta de receber amigos em sua casa?

Gosto muito de receber os meus amigos e ter a casa cheia e gosto muito de cozinhar para os meus amigos. É uma partilha de emoções e vivências.

A mais recente paixão do André revela-se aqui nas Casas Da Alta, apartamentos de charme em Coimbra, para arrendamento temporário. Quer contar-nos um pouco mais sobre este projeto?

Como em tudo na nossa vida há sempre uma causa e um efeito. Eu se calhar não teria pensado neste projeto e não o teria criado se não tivesse com-prado a minha casa a 50 ou 60 metros do edifício onde estão instaladas as Casas Da Alta, que entretanto foi colocado em venda. Eu já tinha pensado em investir em imóveis mas achei que não deveria fazê-lo da forma mais tradicional. Em Coimbra há muita oferta de aluguer de quartos ou apartamentos para estudantes e eu acho que fazia falta na cidade um projeto com outro tipo de público, apostando na exclusividade e na qua-lidade. Este projeto dirige-se a vários públicos mas sobretudo a pessoas que estão em trabalho ou eventualmente acompanham algum familiar ou amigo que está em tratamento no hospital ou ainda que vêm em turismo, que têm a neces-sidade de ficar alguns dias, semanas ou meses.

O que é que podem encontrar as pessoas que pretendam hospedar-se nas Casas Da Alta?

Há um desígnio comum, as pessoas quando en-tram nas nossas casas sentem que estão na sua própria casa, não lhes falta nada e têm sempre alguém que as mima, que trata da sua roupa pessoal, que as ajuda a fazer as compras e a conhecer a cidade. Temos inclusive um protocolo com uma clinica e em caso de necessidade um médico desloca-se aos nossos apartamentos. Trabalhamos para o conforto e para o bem-estar das pessoas. Estamos tão seguros deste projeto que o vamos ampliar para outros imóveis, com algumas diferenças obviamente, e vamos levá-lo ao coração do Património Mundial da Unesco. Estamos também, neste momento, a criar novas iniciativas, nomeadamente dias temáticos, como o dia da poesia, o dia mundial da criança e outros, sempre com a intenção de dinamizar o espaço e criar ligações e possibilidades de que pessoas que por exemplo venham do Brasil possam conhecer quem vem de Amesterdão, de Ponte de Lima ou de qualquer outro local. Vamos ainda proporcionar pacotes de experiências dos quais destaco o “Ser Coimbra Por Um dia” em que vamos levar as pessoas aos sítios mais tradicio-nais mas também a sítios interessantes da cidade que são menos conhecidos.

É uma casa fora de casa?

É, no fundo queremos que as pessoas façam destas casas a sua, durante o tempo que cá estão e que sintam saudades quando vão embora. Nós temos a palavra saudade no Hall de entrada porque nós criamos ligações afetivas de amizade com muitas das pessoas que passam por aqui e ficamos com saudades deles e eles com sauda-des nossas. Queremos que as Casas Da Alta tenh-am mais encanto na hora da despedida.

Se tivesse que escolher uma música ligada ao projeto das Casas Da Alta qual seria?

É difícil escolher, mas se calhar escolheria as “Águas de Março” do Tom Jobim que fala das obras e da maneira como eu vejo estas coisas, ou seja, é conseguir ver nas obras, que para muita gente são um desespero, a inspiração, a emoção e a capacidade de gostar muito dos projetos. É sobretudo aquilo que eu acho mais importante, fazermos as coisas com razão mas também com muita paixão. Aqui, nas Casas da Alta, está muito esse equilíbrio e é um exercício muito interes-sante para mim porque por um lado tenho que ser muito criativo e por outro tenho que equilibrar muito as minhas emoções e muitas das minhas vontades sob pena de o projeto não ser viável em termos financeiros.

REGIÕES | Arrendar Coimbra Com Paixão | Entrevista

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