Date a Home Magazine | Mai / Jun 2014 | Page 65

SPA – Sociedade Portuguesa de Autores. Que im-portância atribui aos prémios? “Recebo-os com sa-tisfação, pois é um reconhecimento do meu valor e do meu trabalho, aprecio e sinto-me muito hon-rado.”

Está em digressão e, à semelhança das últimas três edições, também vai participar no Rock in Rio. Este ano em dueto com o João Pedro Pais, no Palco Mun-do. E subir a um palco não é para todos. “Os nervos e a ansiedade surgem quando esperamos nos ca-marins. É a adrenalina pela vontade de estar junto do público. Depois deixo de ter tempo para pensar nisso, estou mais focado na música e nas letras, embora seja raro o concerto em que eu não tenho uma “branca”. Não há que esconder, paro e reco-meço, o público compreende que falhar é humano e sinto uma cumplicidade enorme nesses momen-tos.”

Viveu o apogeu do sexo, drogas e rock n’ roll. “Foi uma vida muito ativa e enriquecedora do ponto de vista cultural e de mentalidade. O encontro com músicos de todo o mundo abriu-me horizontes e eu aprendi muito com todos eles.” Mas os excessos do “Sr. Frágil” foram, desde sempre, conhecidos. Hoje, garante que tem esse assunto bem resolvido. “O álcool foi o que perdurou mais, e até há pouco tempo. Mas o alcoolismo é uma doença e não me faz falta, prejudicou-me bastante. Nem sei como é que não me destruiu. Conheço muita gente cujas vidas foram arruinadas por causa do álcool e das drogas.”

Com tamanha experiência de vida e, “com todo o respeito”, quem é, afinal, Jorge Palma? “Sou uma quantidade de experiências acumuladas. De dese-jos, vitórias e derrotas. Tenho bom fundo, aliás como eu creio que todos temos quando nascemos. Depois, as condições em que crescemos é que de-terminam o caracter de cada um. Felizmente, eu tive bons guias e orientadores na minha vida. Tenho tido muita sorte com as pessoas que vou encontrando.”

Os dois filhos, Vicente, 30, e Francisco, 19, são parte da sua motivação. E, inspiração. Não vive com eles mas estão por perto. É com Rita, a sua mulher, que divide o apartamento lisboeta onde nos recebeu. Antes desta, já viveu em tantas outras casas que kdjfkdjfkdjf

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“A minha segunda casa é a calle, é a rua. É ir lá para fora e estar junto das pessoas.”