Date a Home Magazine | Mai / Jun 2014 | Page 151

Entrevista | Arrendar Porto Com Paixão | REGIÕES

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a que mais lhe diz algo?

Rua Duque Saldanha, rua que gosto de passar e sentir o pulsar da cidade, individual ou social, temos pessoas a habitar, comércio e industria, subir em São Victor e terminar nas Fontainhas.

O comércio tradicional, está vivo e recomenda-se?

O comércio tradicional está vivo mas adormecido. No entanto procura, a todo momento, recriar-se para emergir e afirmar-se como o centro da conti-nuidade do crescimento e desenvolvimento do Porto.

Pode o comércio tradicional, de rua, voltar a aproximar as pessoas e a sua cidade?

O comércio de rua necessita de proximidade, con-hecer a Sra. Maria e o Sr. Manuel. Mas tem que fa-turar e sem população residente não temos comér-cio tradicional.

Quais são os grandes projetos em que está agora envolvido?

Estou envolvido em projetos com características diferentes. Na reabilitação de edifícios estamos a trabalhar em vários locais da cidade, empregando técnicas e materiais que estamos habituados a ver todos os dias nos edifícios por onde passamos. Por isso é tão interessante a reabilitação, ser simples e eficaz para impressionar. Realização de projetos para intervenções de reabilitação. Do hotel ao co-mércio, da habitação familiar a habitação coletiva, agarramos o desafio de manter o edifício, sem ceder a facilidades, procurando soluções que levem a introduzir todas as infraestruturas necessárias, conseguir as condições para uma utilização atual. Participação num projecto europeu de reabilitação sustentável. Projeto que tem proporcionado par-tilha de conhecimento e técnicas com vários parcei-ros europeus. Técnicas, materiais, legislação conhe-cer outras realidades com problemas semelhantes. Por fim o projeto mais saboroso, os produtos regio-nais produzidos em pequena escala mas com gran-de qualidade. Um copo de vinho e um saboroso en-chido ou uma tabua de queijos não há melhor para um final de tarde.

Se pudesse o que mudava no Porto?

Promovia uma orientação urbanística e a captação de habitantes. Direcionar os usos. Habitação e vida noturna não são compatíveis. Políticas de apoio a residentes, estacionamento dedicado e serviços de proximidade. Pequenas medidas sem grande inves-timento público mas com grandes probabilidades de fixar e atrair pessoas para o centro histórico.