e estudar Arquitetura como trabalhador estudante. Após alguns anos, licenciei-me com media de 18 valores e media de 20 às 4 cadeiras nucleares.
Como foi iniciar a carreira de arquiteto?
Ainda antes de terminar o curso abri um atelier em Lisboa e após a conclusão da licenciatura, outro em Ovar. Entretanto, concorri a um concurso da Universidade de Aveiro e fiquei como docente a dar aulas. Integrei o Departamento de Or-denamento e Planeamento para lecionar Arquitetura Urbana e Pla-neamento Urbano. Posteriormente, candidatei-me a uma bolsa da Gulbenkian e fui para Oxford duran-te 2 anos para fazer uma especi-alização em Desenho Urbano.
Após 3 anos do nascimento do meu filho, que atualmente tem 18, achei que era conveniente prestar-lhe alguma atenção e dedicar-lhe algum tempo (risos) e portanto reformei-me da Universidade. Man-tenho, ainda, alguma ligação estrei-ta com alguns ex-alunos que me contatam regularmente para parti-cipar em conferencias, tirar dúvidas ou pedir que os visite.
Fale-nos um pouco do Atelier Pompílio Souto, Lda.
O atelier sempre trabalhou de uma forma um pouco diferente e sempre teve características suis generis. Na verdade, as pessoas que trabalham comigo sempre foram encaradas como parceiros de tra-balho, partilhando com eles todos os proveitos e responsabilidades em função do seu perfil e interes-ses. E por isso, sob o ponto de vista empresarial, sempre trabalhei me-diante uma estrutura diferente. Também foi sempre um local que coloquei à disposição de ex-alunos para fazer estágios. Além disso, sempre trabalhámos muito para empesas públicas, realizando es-sencialmente trabalhos de planea-mento urbano e estratégico.
E o porquê do surgimento de uma nova empresa, a “Obra d'Arquiteto”?
Não fomos muito afetados pela cri-se, pois nunca trabalhamos direta-mente com o mercado imobiliário. Olhando à nossa volta, e porque a arquitetura é um serviço e procura resolver problemas das pessoas, comecei a perceber-me de outras necessidades, que careciam de res-postas mais imediatas. Observei necessidades de recuperação, be-neficiação, manutenção ou recu-
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