Nasceu e cresceu em Coimbra. Hoje que viaja pelo mundo o seu coração continua a habitar aqui?
Coimbra é o lugar a que chamo de casa.
Coimbra é o meu ninho, onde me sinto protegida a 100%, não só quando estou com a família mas também quando me reúno com os amigos de sempre, os amigos que me conhecem desde miúda e para quem o facto de ser cantora é uma caracter-ística que não influencia aquilo que sou e sempre fui para eles, nem o modo como se relacionam comigo.
É sempre motivo de alegria para mim ir, regular-mente, a Coimbra para passar tempo de qualidade com os meus pais, irmãos, padrinhos, sobrinhos e amigos.
Em Coimbra não tenho hora marcada.
Disfruto do meu tempo, sem correria, sem pressa.
Na sua opinião o que torna Coimbra numa cidade especial?
Para mim, definitivamente, o facto de aí encontrar a minha verdadeira família (de sangue e de cora-ção).
Se lhe pedíssemos que elegesse um local mágico em Coimbra para os nossos leitores visitarem qual seria?
Terei que dizer a Quinta das Lágrimas, onde brin-quei muito em miúda e que é parte integrante e importante da história de Coimbra.
Para mim também tem um sentido especial porque
fui protagonista da ópera “Inês”, no Canadá, no papel de Inês de Castro.
Diria também a Sé Nova onde, por ter sido escu-teira, passei muito tempo e fui muito feliz.
A Inês considera-se uma pessoa romântica?
Muitíssimo. (Risos)
Acredita em relações apaixonadas entre as pes-soas e as suas casas?
Claro! E eu ainda ando à procura da minha "casa-metade".
A casa onde estou agora é apenas um local de passagem, mas nem por isso descuro a decoração e o sentimento de ali bem-estar.
O mundo foi, durante 2 anos consecutivos, a minha casa. Antes de partir para essa aventura vendi a minha primeira casa e agora, com calma, estou à espera de me apaixonar de novo.
Não sou muito de amarras.
Se tivesse que escolher uma música para dedicar à sua casa qual seria?
É um pouco cliché mas “Home” do Michael Bublé.
Porque adoro viajar mas o momento de voltar a casa é sempre especial.
Uma das novas facetas da sua vida profissional está ligada aos cruzeiros da Portuscale Cruises, onde é Diretora de Entretenimento. Esta função é o casamento perfeito entre a sua faceta de artista e cantora e a sua formação em Produção de Espetá-culos?
Sem dúvida. É mesmo isso. Movo-me nas minhas áreas de paixão. A música, a produção e as viagens. É perfeito.
O que mais influencia o seu espirito criativo, os locais por onde viaja ou o local onde estão as suas raízes?
Os locais onde ainda não estive. A constante procura e o desafio do novo são o que me inspira.
Escreveu e editou um livro, “Não me Roubes a Alma”. Fale-nos um pouco sobre este projeto…
Não me Roubes a Alma, é um livro de uma cantora, que não se considera nem escritora nem fotógrafa, mas sim alguém que tem o dever cívico de ajudar quem mais precise.
Através do privilégio que tive em viajar pelo mundo todo pretendo, contando a minha experiência, dar o meu pequeno contributo com um livro que reverte em 50% para o Instituto de Apoio à Criança e a Associação de Apoio à Criança de Guimarães.
Está a viver o sonho da “menina de cabelo rapado"
Entrevista | Arrendar Coimbra Com Paixão | REGIÕES
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