Date a Home Magazine | Jul / Ago / Set 2014 | Page 72

REGIÕES | Arrendar Lisboa Com Paixão | Entrevista

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tem de pensar out of the box, porque terá de criar algo que em Portugal não é muito usual. Vamos ter de adaptar o modelo de negocio, tal como fizemos na Embaixada.

Como é que este projeto vai mudar Lisboa?

O bairro mudou certamente. Acho que deu alguma inspiração para as pessoas pensarem em modelos de negócio diferente. Se der inspiração para pensa-rem em formas de os seus edifícios não estarem de-volutos, fabuloso.

Acho que não mudámos Lisboa, mas um pequeno estímulo, espero que sim. Em 7 meses, 60 novas lojas é muito.

De que forma o projeto envolve todo o município?

Estamos muito envolvidos com a comunidade. Não há outra forma senão trabalhar com o bairro. Não se pode ter uma atitude de fazer negocio sem ter noção das externalidades. Quando se abre um restaurante ou se faz uma festa, temos de ter a noção se vai criar barulho para os residentes.

Às vezes não se consegue atender aos desejos de todos, mas tem de haver uma atitude de frontalidade e respeito, de ouvir as pessoas e tentar atender àquilo que não custa nada. Por exemplo, estávamos a podar as árvores no jardim e um senhor pediu para lhe cortarmos os ramos que estavam a ir para sua janela. Não custa nada.

Há outra coisa muito importante. Desde que muitas das responsabilidades camarárias foram delegadas às Juntas de Freguesia, para um promotor é mara-vilhoso. Para fazer uma ação de rua, utilização de espaço público, agora é só telefonar para o vereador, e questões mesmo de lixo e limpezas pontuais. Foi uma alteração histórica.

Palacete Castilho

Palacete Anjos